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CENTRO CULTURAL

Casa Rosa celebra 5 anos com programação especial; confira

Espaço combina arte, gastronomia e música para celebrar seu aniversário

Grazy Kaimbé*

Por Grazy Kaimbé*

09/08/2025 - 10:33 h
Casa Rosa já realizou cinco exposições e cerca de 200 eventos
Casa Rosa já realizou cinco exposições e cerca de 200 eventos -

No coração de um dos bairros mais cobiçados de Salvador, na Praça Colombo, ergue-se um dos casarões mais antigos da capital baiana. Construído na primeira metade do século XX pelo arquiteto Arthur Palácio para sediar saraus e bailes, o imóvel já foi conhecido como Casa Branca e Palacete Rosa. Hoje, esse mesmo casarão abriga um dos espaços culturais mais diversos da cidade: a Casa Rosa.

Recuperado em 2019, o espaço foi adaptado para receber exposições e diferentes linguagens artísticas, como apresentações de música, dança, teatro, circo e eventos gastronômicos. E é com toda essa potência e diversidade cultural que o espaço iniciou o mês de agosto celebrando seus cinco anos de existência e resistência, já que suas atividades começaram em plena pandemia, em agosto de 2020.

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Na programação especial deste mês, já houve estreia do projeto Cinema na Casa, que acontece às segundas-feiras, sempre às 19h, no Teatro Cambará. “A casa valoriza trabalhos autorais, especialmente no Teatro Cambará. Já recebemos grupos como Outras Vozes, que cresceram e continuam voltando em formatos diferentes. Para nós, é gratificante contribuir para esse desenvolvimento de grandes artistas e grupos”, celebra Rose Lima, arquiteta e curadora artística.

Com curadoria da cineasta Dayse Porto, o projeto Cinema na Casa vai exibir documentários dirigidos e protagonizados por mulheres, sempre seguidos de rodas de conversa gratuitas. Entre os destaques estão Anna Mariani – Anotações Fotográficas, Catadoras, Mundurukuyü – A Floresta das Mulheres Peixe e uma sessão dupla com Mãe Solo e Meu Corpo É Mais.

Nestes cinco anos ininterruptos de existência, a Casa Rosa já realizou cinco exposições e cerca de 200 eventos, segundo dados da organização do espaço. “Parece pouco tempo, mas realizamos muito. A Casa Rosa abriga projetos especiais, valoriza a juventude, a negritude e a cultura baiana, e promove intercâmbios com artistas de fora. A curadoria é aberta, acolhendo tanto trabalhos consagrados quanto novas experiências”, ressalta Rose. Ela enfatiza que a Casa Rosa nasceu com a missão de “acolher diferentes linguagens artísticas e promover encontros transformadores”.

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Cinco Anos de Presença

A primeira exposição, Benção, reuniu mais de 60 artistas e foi realizada de forma virtual. O nome da exposição surgiu a partir de uma frase marcante: “Nada na vida é em vão. Se não é benção, é lição”, dita por João Gomes, empresário e marqueteiro.

A mostra uniu fotografia, escultura, música e dança, com destaque para artistas indígenas, como Vanessa Pataxó, e fotógrafos como Pedro Nunes, que abordam o olhar para os povos originários e para as raízes culturais da Bahia.

“Adotamos essa frase como linha mestra da exposição, que organizei junto com a curadora Isabel Gouveia. A proposta era pedir a bênção do mar, a licença para entrar no bairro, reverenciar e marcar presença. Convidamos vários artistas: escultores de madeira, músicos, fotógrafos e bailarinos. As visões eram diferentes, mas igualmente belas”, relembra.

Essa exposição sairá do virtual e ganhará uma nova versão presencial a partir do dia 20 deste mês, data do aniversário oficial da Casa Rosa. 5 Anos de Presença exibirá, além da exposição Benção, todo o conteúdo audiovisual produzido pelo espaço durante sua existência. A mostra ficará aberta à visitação até 21 de setembro, de quinta a domingo, das 13h às 19h.

E, dando continuidade às celebrações, o espaço recebe os shows do Cortejo Afro e de Illy, teatro com a peça Inferno e o workshop “Celebração dos Corpos – A Ancestralidade do Agora”.

A temporada do monólogo Inferno é protagonizada pela atriz Ana Paula Bouzas, que dá voz à diarista nordestina Vânia, refletindo sobre a complexa relação entre trabalhadoras domésticas e seus empregadores. O espetáculo provoca debates sobre classe, gênero e racismo, com texto e direção de dramaturgos baianos. A temporada será entre os dias 22 e 31 de agosto, de sexta a domingo, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Cena do monólogo Inferno
Cena do monólogo Inferno | Foto: Divulgação

Gastronomia afro-baiana

E as celebrações não param. O ator e Afrochefe baiano Jorge Washington é um dos protagonistas da efervescência cultural da Casa Rosa. Desde abril deste ano, comanda o projeto Culinária Musical, que acontece aos domingos com edições que combinam pratos tradicionais da culinária afro-baiana, shows musicais e atividades artísticas.

Para agosto, Jorge prepara duas edições especiais, com menus que celebram a memória e a diversidade dos sabores locais. Uma das edições acontece amanhã, dia 10, das 12h às 17h. E no dia 31, no mesmo horário. Os ingressos custam R$ 40 (antecipado) e R$ 50 (no dia do evento) e os pratos do cardápio saem a R$ 80, para duas pessoas.

“A comida é identidade, é reconhecimento”, define Jorge Washington, que ressalta a pluralidade da gastronomia baiana, desde o acarajé e a feijoada até pratos menos conhecidos das diferentes regiões do estado.

“Aqui na Bahia temos uma culinária potente, uma das mais ricas do Brasil. Para quem visita Salvador, a pergunta é sempre: onde comer um bom acarajé ou uma moqueca?” comenta o afrochefe.

A Casa Rosa, para Jorge, é um espaço que integra arte, cultura e gastronomia, proporcionando uma experiência completa e acessível. Para este domingo, ele fez um convite especial: “Dia dos Pais, se você quer levar seu pai para curtir um evento tranquilo, sem estresse, filas ou a agonia de restaurantes lotados, o Culinária Musical é o lugar ideal. Lá, seu pai vai se sentir à vontade e aproveitar uma experiência gostosa e acolhedora. O evento deve lotar”. “Será uma tarde gostosa, sem estresse, para as famílias curtirem, com música, arte, estética e sabores diferentes”, complementa.

Segundo Rose, ao longo destes cinco anos, a Casa Rosa consolidou-se como um território de encontros, resistências e celebrações da cultura negra, da juventude e da diversidade baiana. Com curadoria aberta e plural, a casa acolhe trabalhos consagrados e emergentes. Como resume Rose Lima, “A Casa Rosa é um lugar onde o mar, a arte e a comunidade se encontram para criar, partilhar e transformar”.

CASA ROSA: 5 ANOS DE PRESENÇA / Eventos variados até o fim do mês / Casa Rosa (Praça Colombo, 106 – Rio Vermelho) / Programação completa e serviços: casarosasalvador.com.br

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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