Autora de infantis celebra interesse dos pequenos por literatura | A TARDE
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Autora de infantis celebra interesse dos pequenos por literatura

Ionã Scarante é natural de Nazaré e contou a história de seu mais recente livro, 'Anjo de Barro'

Publicado segunda-feira, 29 de abril de 2024 às 16:55 h | Atualizado em 29/04/2024, 17:04 | Autor: Matheus Calmon

Natural de Nazaré, no recôncavo da Bahia, a escritora Ionã Scarante nasceu imersa em ambiente de brincadeiras, mas de livros também. Segundo ela, este clima foi fundamental para a formação de quem é hoje.

"Livro, para mim, é como um brinquedo. Então, eu acho que é por isso que eu me divirto contando histórias, eu me divirto escrevendo histórias para crianças", disse ela após uma sessão de contação de histórias do seu livro 'Anjo de Barro'.

Professora de língua portuguesa e literaturas do Instituto Federal Baiano e pesquisadora da literatura baiana, especialmente de escritores do Recôncavo e do Baixo Sul da Bahia, Ionã considera que a literatura humaniza e deve ser vista como um direito. 

Escritora participa da programação da Bienal do Livro Bahia
Escritora participa da programação da Bienal do Livro Bahia |  Foto: Matheus Calmon | Ag. A TARDE
  

"É direito do indivíduo, o direito à literatura, assim como o direito à saúde, o direito à educação, o direito ao lazer. Então, a literatura, para mim, é isso também. Ler na infância, ler para uma criança é um sinal, é um ato de amor, de afeto".

Seu mais recente livro nasceu a partir de visita na comunidade de Maragogipinho de Pinho com alunos do Instituto Federal Baiano sobre o trabalho artesão daquela comunidade. 

"Quando eu cheguei à comunidade, ouvi de alguns mestres e mestras ceramistas uma coisa que me tocou muito, dos mais velhos: 'Professora, eu não sei se isso aqui vai continuar para sempre'".

A declaração a deixou incomodada e reflexiva por bastante tempo, até que surgiu a ideia e as  primeiras palavras da obra.

"Um dia em minha casa, eu estava fazendo umas tarefas domésticas e de repente me veio a intuição. Uma menina de traços indígenas, correndo, descendo as ladeiras, entre as olarias, brincando, correndo. E aquilo me deu aquele impacto na hora e eu fiquei pensando, 'meu Deus, o que foi isso aqui? "Isso é uma história e isso é pra criança. Eu vou sentar e vou escrever a respeito".

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