ENTREVISTA
Teca de "Renascer", Lívia Silva projeta novos personagens: "Ser vilã"
Atriz espera voltar a trabalhar em um projeto envolvendo a Bahia em breve
Por Bianca Carneiro e Felipe Sena
No ar desde janeiro na Globo, o remake de "Renascer”, novela da Rede Globo que se passa na Bahia, chamou a atenção para talentos ainda não revelados ao grande público. Um deles é a atriz Lívia Silva, que com apenas 19 anos, vem ganhando destaque com a sua Teca.
A personagem, uma garota que vivia em situação de rua, sendo acolhida grávida por José Venâncio (Rodrigo Simas) e Buba (Gabriela Medeiros), é responsável por alguns dos arcos mais intensos da trama. Ao Portal A TARDE, a atriz contou que se sentiu desafiada. “A Teca não é um personagem muito fácil de viver. Ela tem muitas nuances e muitos textos que às vezes a gente não vê muito ali no na televisão, mas que eu tento muito passar. Ela realmente está sendo uma divisora de águas na minha vida e carreira”, diz.
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Para ser Teca, Lívia assistiu partes da novela original de 1993 e também entrou em contato com Paloma Duarte, a atriz que viveu a personagem em 1993. “Eu não assisti muita coisa, porque eu não queria ficar tão presa na primeira versão. Essa nova Renascer é uma Renascer atualizada, é uma Renascer de 2024. Teve muita coisa alterada, a Teca, por exemplo, era uma personagem branca, né? E eu, uma menina negra fazendo alguém que vive dentro das ruas”.
Ficção e realidade
E se Teca é vivida por Lívia, Lívia também carrega uma história semelhante com a de Teca. A artista não chegou a morar na rua como a personagem da novela das nove, mas enfrentou crises financeiras com os pais. Foi assim que conseguiu sua primeira oportunidade no mundo artístico, aos oito anos de idade: enquanto vendia cocada na rua, um produtor de elenco a convidou para fazer alguns testes.
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Para Teca, Lívia conta que evitou cair em estereótipos sobre a representação de pessoas em situação de rua. “Trazer a Teca para essa realidade de muitas mulheres e meninas pretas é uma forma de representá- las. Querendo ou não, de alguma forma, eu me vejo na vitrine, porque a novela é capaz de atingir muitos públicos, e mostrar para jovens pretas que elas podem, sim, viver os seus sonhos. Trazer a Teca, que viveu nessa situação de rua, é mostrar que essas pessoas estão ali. Essas pessoas precisam de ajuda, ser cuidadas, e elas só precisam de oportunidade mesmo para fazer com que tudo aconteça”, afirma.
Bahia em vista?
Além de Renascer, também está no currículo de Lívia as séries “Sessão Terapia” e “Anderson Spider Silva”, além do filme “Um Ano Inesquecível: Primavera”. Embora não tenha nada confirmado, ela espera voltar a trabalhar em um projeto envolvendo a Bahia em breve: “eu quero muito fazer uma personagem baiana, uma personagem que que seja das ruas da Bahia e que se divirta, sabe? Pelo Elevador Lacerda, pelo Pelourinho…”, confidencia.
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E se o remake abriu portas para os próximos trabalhos - para os quais ela já está fazendo testes, mas não dá detalhes - Lívia já sabe exatamente o que quer fazer.
Estou fazendo alguns testes, estão surgindo algumas coisas, mas nada muito certo ainda. Eu queria uma personagem muito diferente da Teca, uma vilã para aguçar esse lado maléfico, uma personagem cômica também, porque eu acho que o ator, ele tem que saber ir para todos os lados. Eu sou uma atriz muito dramática. Todos os papéis que eu fiz foram muito dramáticos. Eu tinha que chorar em algum momento. Eu gosto de fazer meu drama, mas eu quero muito fazer uma personagem cômica, uma personagem que faça novas malvadezas também
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