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DANÇA

Dança que acolhe: projeto gratuito leva ballet a crianças de Salvador

Iniciativa em Salvador une técnica, cuidado e histórias reais de transformação

Beatriz Santos

Por Beatriz Santos

12/12/2025 - 14:39 h
As aulas públicas acontecem no Centro Espírita Cidade da Luz, em Pituaçu
As aulas públicas acontecem no Centro Espírita Cidade da Luz, em Pituaçu -

O ballet clássico tem sido caminho de disciplina, acolhimento e descoberta para 130 crianças das comunidades de Pituaçu e Lobato, em Salvador, que integram o projeto social Dança Criança.

Criada em 2017 pela mestra em dança Marília Nascimento, a iniciativa gratuita oferece formação artística com excelência técnica e uma proposta educativa que valoriza o desenvolvimento humano integral.

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“Nossa missão é construir conhecimentos em dança/ballet clássico, incentivando cada criança a desenvolver sua melhor versão a cada dia. Temos o sonho e objetivo de nos tornar um projeto reconhecido por sua relevância social”, afirma a idealizadora.

As aulas acontecem no Centro Espírita Cidade da Luz, em Pituaçu, e no anexo da Igreja de Nossa Senhora das Dores, no Lobato. Mesmo gratuito, o projeto mantém exigência comparável à de escolas particulares.

A formação combina a metodologia da Royal Academy of Dance (Inglaterra), com certificações internacionais, à Metodologia Mandala, criada por Marília, que articula técnica, equidade, honestidade, empatia, humildade, cooperação e consciência.

“A Mandala atua como um caminho de crescimento pessoal, estimulando a convivência, o respeito e a capacidade de enfrentar desafios”, explica Marília. Ela destaca que a dança incentiva novas atitudes, fortalece vínculos e ajuda as crianças a construir estratégias para lidar com a vida de forma mais confiante.

“Nessa proposta, todos podem dançar, independentemente de suas qualidades físicas, idades ou pretensões. Basta dedicação, atenção e disposição para superar desafios”, ressalta.

Histórias que iluminam o palco

A designer e fotógrafa Milena Dias vê na trajetória da filha Odara, 9 anos, a prova do alcance do projeto. A criança, aluna desde 2022, ganhou liberdade e confiança através do ballet.

“Minha filha é muito tímida, mas é nos palcos que ela se solta e voa feito borboleta. É um projeto que acolheu a minha filha e encantou a minha alma enquanto mãe e amante da arte. Sou muito grata pela oportunidade e por fazer parte de um grupo tão cheio de luz”, enaltece.

O impacto também aparece na história de Débora Mattedi, 27 anos, professora do Dança Criança e ex-aluna de Marília desde os 5 anos. Ao integrar a equipe pedagógica, ela afirma ter encontrado “o verdadeiro significado de afeto, acolhimento, técnica e paixão”.

Para Débora, acompanhar de perto o cotidiano dos alunos revela a força social do projeto, que descreve como um espaço onde as crianças superam medos, enfrentam dificuldades e aprendem a assumir suas particularidades com coragem e orgulho. “Não há palavra linda aos ouvidos que possa descrever suficientemente a alegria de fazer parte desse grupo”, conclui.

Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no Instagram da iniciativa.

Quem é a idealizadora

Mestra em Dança pela UFBA, com especializações em Psicopedagogia (UCSAL) e Arte Educação (UFBA), Marília Nascimento é professora de Ballet Clássico pela Royal Academy of Dance desde 1981.

Atuou na rede estadual da Bahia entre 1991 e 2018 e dirigiu o Ballet Marília Nascimento por mais de 30 anos. Hoje, coordena o Projeto Dança Criança, ministra aulas para adultos no Núcleo Mandala e promove cursos e oficinas de Danças Circulares em Salvador.

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