FESTA LITERÁRIA
Em Cabaceiras do Paraguaçu, Flipar anuncia programação da 4ª edição
Festa literária homenageia o poeta Pedro Braz e reúne atrações culturais, bate-papos, shows e oficinas de 21 a 23 de agosto
Por Redação

A terra da Poesia vai se transformar na terra do Cordel. Berço onde nasceu o poeta Castro Alves, o município de Cabaceiras do Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, vai abrigar a quarta edição da Festa Literária de Cabaceiras do Paraguaçu – FLIPAR 2025.
De 21 a 23 de agosto, a cidade vai pulsar arte e cultura. Serão três dias de uma programação intensa e diversificada que inclui bate-papo literário, lançamento de livro e de cordel, mostra estudantil, contação de história, oficina de cordel, além de apresentações culturais. Tudo gratuito.
“Vai ser um encontro da tradição e da poesia popular; um diálogo entre memória, identidade e patrimônio cultural”, afirma Mário Lima, presidente do Instituto Preservar, que realiza a festa em parceria com a prefeitura de Cabaceiras. A festa irá homenagear o cordelista Pedro Braz, falecido em janeiro deste ano, com uma exposição sobre sua trajetória feita pela artista Tatiana Galeão.
“Trazer grandes poetas da literatura de cordel, numa festa que homenageia um grande poeta popular da cidade, nosso querido Pedro Braz, é uma alegria completa. Pra mim, como músico e cordelista, poder fazer a curadoria desse evento, é um misto de compromisso, realização e felicidade”, afirma o cordelista e curador Kitute Coelho.
O prefeito de Cabaceiras, Pedro de Paulino, destaca a importância da FLIPAR: “Já se tornou um dos principais eventos literários do Recôncavo”, afirma. Não é exagero.
Localizada a cerca de 160km de Salvador, a festa literária movimenta toda a região e recebe a visita de estudantes de escolas públicas de cidades como Cachoeira, Governador Mangabeira e Cruz das Almas, entre outras. Em 2024, a festa atraiu um público de mais de 17 mil pessoas. A expectativa é de superar este número nos três dias de festa.
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Programação
As atividades vão acontecer, em sua maioria, no Parque Histórico Castro Alves, antiga fazenda onde nasceu o poeta abolicionista Castro Alves e onde se encontra um museu dedicado ao escritor.
Mas a FLIPAR também vai ocupar outros espaços que, por conta da festa, ganharam nova identidade, como explica o idealizador e coordenador geral da festa, André Reis: “Decidimos batizar os locais com nomes de grandes cordelistas, como uma forma de reconhecimento pelo trabalho e legado de cada um”. Assim, a quadra do Parque se transformou em Espaço Cuíca de Santo Amaro; o auditório virou Espaço Cordelista Antônio Vieira, além dos espaços Juraci Dórea e Patativa do Assaré.
Pedro Braz dá nome ao palco principal, onde vão acontecer as apresentações musicais. No primeiro dia tem o grupo PsiCORDÉLico, que une o cordel ao rock, samba, reggae e forró. No dia 22.08, às 19h, tem o show Salve a Cultura Popular, com diversas manifestações culturais do Recôncavo Baiano. Às 21h, tem show da banda Recôncavo Experimental, com participação de J. Velloso. No último dia tem Priscila Salles, Novo Xote e uma atração surpresa.
No dia 21, às 10h, a palestra de abertura traz o tema "Cordel e Patrimônio Imaterial: Por que proteger?”, com Hermano Guanaes, superintendente do IPHAN-Bahia. Destaque também para o bate-papo literário no dia 22.08 com o tema: "Cordel na Sala de Aula: Ferramenta de Ensino e Aprendizagem" com o cordelista, poeta e educador Jotacê Freitas.
Cordel e xilogravura
A FLIPAR também conta com uma agenda intensa de lançamentos de livros e de folhetos. Dia 21 de agosto tem lançamento do cordel de Franklin Maxado, Homenagem ao cineasta Roque Araújo; além do livro Caminheiro Prodígio, do poeta cantador Carlos Silva. “É um livro onde misturo crônicas e poesias utilizando a literatura de cordel”, conta Silva.
No dia 22, lançamento do cordel O ouro da vida, de Luiz Natividade. O cordelista, repentista e violeiro Domingos Santeiro aborda o tema meio ambiente no cordel Um Olhar Sobre a Consciência Ambiental. A programação ainda inclui mostra estudantil, contação de história e oficina de xilogravura feita em parceria com a Fundação Hansen Bahia. O cordelista Franklin Machado resume o sentimento da FLIPAR: “Cordel é poema cantado/ É a forma de expressar / O sofrimento do povo / Em qualquer canto e lugar / É rima, é quadro, é martelo/ É cultura popular”.
Mais informações da FLIPAR pelo Instagram.
FLIPAR 2025 – Festa Literária de Cabaceiras do Paraguaçu / De 21 a 23 de agosto, em Cabaceiras do Paraguaçu
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