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Feira Preta reúne 30 mil pessoas e marca estreia histórica em Salvador

Festival movimenta música, moda, debates e empreendedorismo em três dias que consolidaram Salvador como novo polo da cultura preta latino-americana

Beatriz Santos

Por Beatriz Santos

03/12/2025 - 15:06 h
A música assumiu o papel central da celebração na Feira Preta desde o primeiro dia
A música assumiu o papel central da celebração na Feira Preta desde o primeiro dia -

A estreia do Feira Preta Festival em Salvador reuniu mais de 30 mil pessoas no Distrito Criativo do Centro Histórico, em três dias de programação gratuita que celebraram a força da economia preta baiana.

Com música, moda, debates, audiovisual, gastronomia e atividades infantis, o evento inaugurou um novo capítulo para a cultura afro-diaspórica no país.

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A fundadora da Feira Preta, Adriana Barbosa, destaca que trazer o festival para Salvador simboliza uma conquista histórica.

“Trazer o Festival Feira Preta para Salvador foi um sonho que se materializou com muita força. A Bahia é um dos centros mais potentes da diáspora negra no mundo, e ver esse território vivo, pulsando cultura, empreendedorismo, tecnologia e afeto, é a confirmação de que essa cidade sempre fez parte da nossa história e agora oficialmente. Esta edição mostra que quando a economia preta se encontra, ela movimenta pessoas, transforma realidades e cria futuros”, afirmou.

A música assumiu o papel central da celebração desde o primeiro dia. No sábado, Sued Nunes, indicada ao Grammy Latino 2025, emocionou o público com um show de abertura no Palco Axé ao lado de Josyara.

“Cantar no Feira Preta tem um significado enorme pra mim. É um festival que sempre admirei, por valorizar nossas histórias e cuidar da gente em cada detalhe. Subir nesse palco, ao lado de Josyara, é celebrar a força da nossa música e das trajetórias negras que nos trouxeram até aqui. É um espaço que acolhe, potencializa e lembra por que fazemos arte”, disse Sued.

A participação especial de Rachel Reis no show de Jau foi outro ponto alto da noite.“É muito importante, me sinto feliz de fazer parte desse momento histórico. A gente sabe como é necessário fomentar a economia criativa, apoiar quem faz seu corre e precisa de suporte. Fico muito feliz de participar e de ter cantado com Jau. A energia da galera estava lá em cima”, afirmou.

No domingo, Pagode Por Elas, Yan Cloud, Vírus Carinhoso, Ministereo Público, Samba Orisun e o Baile Essencial incendiaram a Praça Maria Felipa. O Kannalha encerrou a noite com um grande baile afro-baiano.

“A gente combate o racismo quando já estamos aqui em um palco como do Feira Preta, cantando a nossa música, para todas essas pessoas. Quando temos a oportunidade de trazer o pagode baiano e vários outros ritmos que nasceram da cultura preta para o público dançar, se divertir, já estamos combatendo o racismo”, disse O Kannalha.

Economia preta se fortalece com moda, gastronomia e empreendedorismo

Mais de 130 marcas integraram o Mercado da Preta, apresentado pelo Sebrae, enquanto 16 empreendedores ocuparam o espaço gastronômico Preta Degusta. Os desfiles do Preta na Moda, em parceria com o Instituto C&A, ampliaram a visibilidade da moda preta contemporânea.

Entre os destaques esteve o estilista Rei Vilas Boas, que apresentou sua coleção Maria Mulambo, marcada por ressignificação de materiais e estética afro-brasileira.

“Participar da feira de empreendedores da Feira Preta é muito potente. A estrutura, a estética e o cuidado com o espaço valorizam o nosso trabalho e permitem que a gente mostre a nossa moda com dignidade. É lindo ver as pessoas se conectando com a minha marca e sentir esse verdadeiro aquilombamento entre nós, empreendedores pretos”, afirmou.

A empreendedora Carla Cristina, criadora do Atelier Carla Cristina, também celebrou a participação. “Estar na Feira Preta é a realização de um sonho. A formação do CRIA e o apoio do Instituto Feira Preta mudaram meu negócio e me deram estrutura para crescer. Para nós, pequenos empreendedores, ter uma rede que nos acolhe, orienta e impulsiona faz toda a diferença e aqui eu sinto exatamente isso”, disse Carla.

A Feira Pretinha recebeu atividades lúdicas afrocentradas e empreendedores mirins, enquanto a Casa das Histórias promoveu filmes, debates e rodas de conversa sobre narrativas negras.

No espaço de games, a parceria com a Salve Games levou títulos como Zumbi dos Palmares e Murukutu: Floresta corpo-território. Mapping, stand-up e outras intervenções artísticas completaram a programação.

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