ESPAÇO HISTÓRICO
Ipac revela o que falta para Biblioteca dos Barris ser tombada
1 ano depois de pedido do Ministério Público, Ipac detalhou ao Portal A TARDE fase atual da solicitação
Por Luiz Almeida e Bianca Carneiro
Um ano depois da solicitação do Ministério Público da Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac) revelou ao Portal A TARDE a situação atual do pedido de abertura do processo de tombamento da Biblioteca Central dos Barris.
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Em nota, o órgão informou que "está levantando informações para a produção do parecer técnico", mas que ainda "será agendada a visita técnica ao local para verificação do estado de conservação e levantamento de dados complementares aos já existentes e encaminhados pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (NUDEPHAC), do Ministério Público do Estado, com o pedido de patrimonialização".
Há exato um ano, o Ministério Público estadual abriu um procedimento de acompanhamento do processo de pedido de tombamento estadual do imóvel que abriga a Biblioteca Central Pública do Estado da Bahia (Biblioteca Central dos Barris).
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À reportagem do Portal A TARDE, Vladimir Pinheiro, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), informou que não houve um processo em torno disso, mas observa a solicitação do MP-BA como uma "perspectiva positiva".
Pra gente, [a Biblioteca Central dos Barris] já é um prédio de enorme valor, histórico representativo de uma simbologia exatamente. Uma biblioteca que vem aí já há 200 anos de biblioteca... Eu digo que é o Palácio do livro, porque aqui a cidade transita aqui nessa Biblioteca dos Barris. Eu tive essa biblioteca como referência
A Biblioteca Central dos Barris é considerada pelo Ministério Público como de relevância arquitetônica, histórica e cultural do imóvel para o Estado da Bahia e para o Brasil. A sua inauguração ocorreu em 1811 e foi a primeira Biblioteca Pública do Brasil e também da América Latina, abrigando no seu acervo itens raros.
Investimentos em bibliotecas públicas da Bahia
Pinheiro também ressaltou que o espaço exige investimentos frequentes, pois é um "marco" para a sociedade baiana. Está prevista para ocorrer a reabertura do auditório no terceiro piso da biblioteca e uma manutenção no elevador, além de outros investimentos.
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Outras bibliotecas estão na mira da atual gestão, que reforçou ter feito "a requalificação das duas Juracys, a Juraci Magalhães, de Itaparica e a do Rio Vermelho".
"A ideia é seguir fomentando. Porque a nossa ideia é que essas bibliotecas não sejam só espaços de livro, mas sim espaços culturais. Que as diversidades das linguagens artísticas culturais, transitem pelas bibliotecas e cada vez democratizar mais, trazer o povo para dentro da biblioteca", garantiu.
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Sobre o tema, o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon também destacou a importância do setor de braile na Biblioteca de Extensão.
"Todos os livros aqui estão em braile para atender as pessoas que não tem visão ou possuem baixa visão. Nossa Biblioteca de Extensão, ônibus-biblioteca, também consta óculos Orcam. Eles são um investimento muito alto, mas extremamente necessário, porque é uma coisa linda quando você vê uma pessoa de baixa visão tendo acesso ali, um encantamento", disse.
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