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CULTURA

Nova série? Tatiana Amaral diz se livros eróticos vão ser adaptados

Na Flipelô, autora baiana fala sobre liberdade sexual e protagonismo das mulheres

Por Beatriz Santos*

08/08/2025 - 8:13 h
A escritora baiana Tatiana Amaral
A escritora baiana Tatiana Amaral -

Com mais de 60 livros publicados e presença constante entre os mais vendidos da Amazon, a escritora baiana Tatiana Amaral participou nesta quinta-feira, 7, da mesa “Publica essa fanfic: da imaginação à literatura”, na Vila Literária, no Largo Tereza Batista, durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) 2025.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Tatiana falou sobre os tabus e o crescimento do romance erótico e do dark romance no Brasil. “Eu tenho treze anos trabalhando com romance erótico, eu brinco que capinei o terreno, porque trabalho com o gênero desde o início”, afirmou.

A autora lembra que, em sua infância, o gênero não era visto como algo proibido. “Dentro da minha casa, não existia essa proibição, tinha uma biblioteca com todos os gêneros e eu li todos os tipos de livro. Meu pai e minha mãe nunca me impediram de ler algum romance.”

Para Tatiana, o erotismo sempre fez parte da literatura, mas por muito tempo foi ocultado. “Eu senti falta quando comecei a ler os livros que estavam fazendo sucesso e o escritor mostrava tudo, até o personagem passeando com o cachorro, mas não mostrava quando o casal tinha relações. Eu acho que isso é fechar uma cortina que não deveria ser fechada.”

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Voz e sexualidade feminina

Ao falar sobre a motivação de suas obras, Tatiana destaca a importância de abordar a sexualidade sob a perspectiva feminina. “Eu acho que a mulher precisava ter voz e entender a sexualidade dela. Era injusto largarmos nas mãos de um homem uma coisa que é nossa, do nosso corpo. Então comecei a escrever pensando sempre na necessidade da mulher se entender e se conhecer.”

Ela ressalta que ainda há resistência ao tema. “Essa é uma ideia que a gente luta contra até hoje, porque vem de uma sociedade muito machista e não deveria ser dessa forma. Escrever pela visão da mulher é dar voz e derrubar um muro que ainda está na nossa frente.”

A autora conta que recebe retornos diretos das leitoras. “Tenho muitas que dizem que certa coisa que tratei no livro elas nunca tinham vivido, mas que agora querem se permitir viver. É muito bom saber que você está libertando pessoas e fazendo-as entender que aquilo é permitido.”

Mesmo com o crescimento, Tatiana acredita que o romance erótico ainda enfrenta preconceito. “Existe o preconceito, mas agora chegamos num ponto em que não tem mais como impedir o crescimento do gênero. As mulheres não querem ser caladas, não querem ser silenciadas.”

Para ela, essa mudança é definitiva. “As mulheres não querem que ninguém diga onde precisam estar. Acredito que já chegou num ponto que não tem mais volta.”

Do livro para as telas

Tatiana também revelou o desejo de ver suas obras adaptadas para o audiovisual. “Penso muito nos meus livros como série, porque seria uma forma de colocar muito mais do que tem dentro do livro. Quando adapta para filme, você corta coisas importantes da história.”

Segundo a autora, o formato seriado pode atrair públicos diferentes. “Existe o público do cinema e o público do livro, mas quando transforma em série, você consegue pegar esses dois mundos.”

Moradora de Salvador, Tatiana reforça a importância de estar na Flipelô, que neste ano, homenageia o dramaturgo Dias Gomes. “Eu tenho muito orgulho de participar de qualquer coisa relacionada à literatura aqui em Salvador. Quando comecei, não existia reconhecimento na cidade. Fiz sucesso fora da Bahia primeiro e, quando chegava aqui, o público era pequeno.”

Ela lembra com carinho do convite para a festa literária. “Achei mágico. Finalmente quero que o pessoal daqui me conheça, quero estar com meu povo. É o segundo ano que participo da Flipelô e tenho muito orgulho de estar aqui dentro da minha terrinha mostrando o que estou fazendo para o Brasil e para o mundo.”

*Sob supervisão de Bianca Carneiro

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