REVITALIZAÇÃO
Novo Teatro Vila Velha terá investimento milionário; confira
Projeto foi apresentado nesta quarta-feira, 4
Por Edvaldo Sales
A Prefeitura de Salvador apresentou, nesta quarta-feira, 4, todos os detalhes sobre o projeto de modernização do Teatro Vila Velha, localizado no Passeio Público, na Avenida Sete de Setembro. A execução vai promover um novo eixo de circulação para o teatro — com passarela, escadas e elevador —, além de novo volume na cobertura, qualificação dos ambientes internos e criação de depósito externo.
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Também estão previstas a implantação de novo sistema de ar-condicionado, a qualificação acústica, a adequação do sistema elétrico, a adequação à legislação de acessibilidade universal e o Projeto de Combate a Incêndio.
O secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, revelou que, após licitação, o contrato foi assinado nesta terça-feira, 3, e que serão cerca de 300 dias de obras com um investimento geral em torno de R$ 22 milhões, sendo R$ 10,9 milhões na parte física. Está sendo estimado R$ 11 milhões em equipamentos para a modernização do teatro.
“A gente dá essa largada hoje, revelando projeto e já com a assinatura do contrato da empresa que vai fazer a obra. Em breve, o prefeito Bruno Reis deve dar ordem de serviço e a gente segue em frente para conseguir entregar isso da melhor forma possível”, disse.
Segundo o gestor, a expectativa é que em 2024 o Teatro Vila Velha já esteja funcionando, mas ainda não há uma data definida para o começo das obras. “É uma obra que, pela sua complexidade, demora um pouco, mas a gente está fazendo da forma mais rápida”, afirmou Tourinho. O secretário também ressaltou que a obra vai requalificar o local e vai mudar o espaço apenas no sentido de oferecer mais acessibilidade.
Além disso, o chefe da pasta falou que as entidades federativas “devem e podem” apoiar o teatro, não só a prefeitura.
A gente espera que o governo federal e o governo estadual também cheguem juntos para potencializar o teatro.
Quem também marcou presença na apresentação do projeto foi o diretor do Teatro Vila Velha, Márcio Meirelles. Ele enfatizou que há 60 anos, quando o teatro foi inaugurado, ele foi muito importante para a cultura brasileira. “Muitas coisas que depois modificaram o Brasil surgiram aqui, como os tropicalistas e os Novos Baianos. É um teatro importante para a cidade e para o país. É necessário que o gestor da cidade cuide dos seus equipamentos”, afirmou.
Foco na acessibilidade
Sobre a obra, Meirelles disse que ela vai abranger o prédio e arrumar os “estragos que o tempo fez nesses 30 anos desde a última reforma, mas ela prepara o Teatro Vila Velha para ser mais acessível”.
Ele pontuou que todo o projeto foi pensado e construído a partir da acessibilidade. “Junto com o projeto a gente tem uma contrapartida que é ter espetáculos com audiodescrição e com libras. A gente tem que pensar na inclusão de todos”, afirmou. Em relação à capacidade de público, ele disse que não vai mudar, “o que aumenta é a capacidade técnica, de tecnologias e de equipamentos”.
Já o presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro, falou sobre a importância do equipamento para ele. “Esse espaço, para mim, tem um significado imenso. Primeiro, porque foi onde eu assisti as primeiras peças em Salvador. Aqui foi onde eu comecei mesmo a me apaixonar pelo teatro”, contou Fernando.
Além disso, ele pontuou que o Vila Velha foi um grande polo de resistência à Ditadura Militar. “Aqui teve um movimento muito importante durante a década de 1970. Então, é um teatro que tem uma história muito forte de pertencimento com a cidade, não só artístico, como também político. É um movimento importantíssimo esse projeto de reinagurar esse espaço, porque ele traz de volta um equipamento que já faz parte do patrimônio de Salvador”, disse.
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