ARTE
Salvador recebe artistas internacionais para a Residência Vila Sul
Música, cinema, artes visuais e teatro marcam imersão artística de quatro países

Por Beatriz Santos

Na próxima segunda-feira, 22, o Goethe-Institut Salvador inicia oficialmente o terceiro e último ciclo da Residência Vila Sul em 2025. Esta etapa final reúne quatro artistas de diferentes países e áreas de atuação, que desenvolvem projetos voltados para identidade, memória, espiritualidade, alimentação, música e criação coletiva.
O grupo chega à cidade no dia 20 e permanecerá por dois meses em um processo de imersão e intercâmbio artístico-cultural.
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Entre os participantes, o músico e radialista Henry Weekes, radicado em Berlim, busca reconectar-se com sua herança brasileira. Inspirado pelo jazz, folclore e mitologia, seu trabalho mistura improvisação, gravações de campo e performances site-specific. “É também uma oportunidade única de mergulhar nas sonoridades de uma cidade musical tão especial”, celebra.
A artista visual, documentarista e educadora Nyancho NwaNri pretende dialogar com guardiões da cultura e lideranças comunitárias para aprofundar sua pesquisa sobre tradições e memórias coletivas. Seus trabalhos atravessam a espiritualidade africana, culturas tradicionais e questões ambientais.
Também integra o grupo a artista visual, curadora e pesquisadora Karina Griffith, que transita entre cinema, performance e instalação. Professora na Universidade de Artes de Berlim e curadora do Fórum Expandido da Berlinale, Griffith pesquisa formas alternativas de narrar e arquivar histórias.
“Estou ansiosa para trabalhar com as mãos e me envolver com comunidades negras brasileiras para assistir filmes, fazer crochê e considerar a sustentabilidade de práticas e conhecimentos interseccionais e incorporados”, revela.
A especialista em teatro contemporâneo de marionetes Camille Banville, também conhecida como Mila, traz para Salvador o projeto Fofocas Comestíveis, que explora as consequências da indústria alimentícia nas Américas por meio de objetos comestíveis em cena. Cofundadora do coletivo Les Cabinettes, no Canadá, sua pesquisa busca usar a performance como ferramenta de reflexão e empoderamento coletivo.
Segundo Leonel Henckes, diretor de operações do Programa de Residência Vila Sul o projeto se tornou um ponto de encontro: “A Vila Sul se tornou um ponto de encontro fundamental para artistas de diferentes origens. Aqui, o processo criativo ganha novas camadas ao se conectar com a história, a música e a vitalidade cultural pulsante da cidade.”
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