ECONOMIA
BNDES aprova R$ 500 milhões para carro voador de fábrica brasileira
Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, vai montar fábrica para desenvolver o eVTOL
Por Da Redação
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões para a Eve Air Mobility (Eve) desenvolver a unidade de produção do eVTOL (carro voador). Com recursos do programa BNDES Mais Inovação, a unidade será instalada em Taubaté (SP).
O financiamento da unidade fabril se baseia na parceria entre a Eve e o BNDES após a aprovação, em 2022, de uma linha de crédito de R$ 490 milhões para dar apoio ao programa de desenvolvimento de eVTOL da Eve. A empresa foi criada pela Embraer para desenvolver o novo produto.
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Com uma produção total esperada de até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada. Isto proporcionará uma metodologia de investimento disciplinada e eficiente em termos de capital à medida que o mercado cresce.
"O financiamento reforça o compromisso do governo do presidente Lula de apoiar projetos inovadores da indústria brasileira, como a mobilidade aérea, que utiliza alta intensidade tecnológica. E o BNDES tem o instrumento necessário para conferir competitividade internacional às empresas nacionais, que é o Programa BNDES Mais Inovação, que já aprovou R$ 8 bilhões em créditos desde 2023”, explica o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.
“Estamos profundamente gratos pelo apoio e confiança contínuos que o BNDES demonstrou à Eve enquanto avançamos em nossa missão de reimaginar a mobilidade através de experiências de voo urbano eficientes e sustentáveis. Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção de eVTOL, que não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também será alimentada por energia limpa e renovável, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade”, declara Johann Bordais, CEO da Eve.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirma que “financiar a capacidade de inovação, com uma solução disruptiva para mobilidade urbana e descarbonização, é o objetivo do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil, para impulsionar o setor produtivo e garantir que o desenvolvimento tecnológico e a produção ocorram em território nacional, gerando mais empregos qualificados e renda dentro do país”.
“Este financiamento fortalece a robusta posição de caixa da Eve ao adicionar um financiamento de longo prazo alinhado ao perfil da nossa empresa. À medida que avançamos em nossos esforços de desenvolvimento e fabricação do programa eVTOL, nosso foco permanece em entregar valor de longo prazo para nossos acionistas, com uma estrutura de capital ideal incluindo ações e dívidas”, afirma Eduardo Couto, CFO da Eve.
A Eve possui o maior backlog do setor, com cartas de intenção (LOI) para 2.900 eVTOLs de 30 clientes em 13 países, representando um potencial de US$ 14,5 bilhões em receita. A aeronave da empresa utiliza oito rotores dedicados para voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem nenhuma alteração na posição desses componentes durante o voo.
O conceito inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que fornecem redundância de propulsão para garantir os mais altos níveis de desempenho, segurança, despachabilidade e baixos custos operacionais.
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