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ECONOMIA

Do site ao app: empresa de gás aprimora experiência de revendas

Empresa prevê alta na demanda com o programa Gás do Povo

Iarla Queiroz

Por Iarla Queiroz

31/10/2025 - 19:12 h
iFood do botijão
iFood do botijão -

A Nacional Gás está se preparando para um novo momento no mercado de gás de cozinha. Com a expectativa de aumento na demanda impulsionada pelo programa social Gás do Povo, a companhia iniciou um ciclo de investimentos robusto, que deve movimentar cerca de R$ 150 milhões por ano. O foco é modernizar a operação e tornar o processo de compra e revenda mais ágil e digital.

Novo sistema

Com 25,06% de participação no mercado nacional de gás liquefeito de petróleo (GLP), a empresa decidiu apostar em um aplicativo próprio, o Minha Revenda, criado para simplificar o trabalho das distribuidoras que compram os botijões de 13 quilos diretamente da Nacional Gás.

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A nova plataforma centraliza todo o processo: desde o controle de estoque e o histórico de consumo até a gestão de pagamentos e o agendamento das entregas. Antes, os pedidos eram feitos apenas pelo site ou pelo telefone, sem qualquer sistema de acompanhamento. Agora, a expectativa é que o app traga mais produtividade, rapidez e previsibilidade às operações.

Parte das revendas da marca já opera com o novo modelo, que deve se tornar o principal canal de pedidos da empresa.

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Digitalização e inovação no centro da estratégia

O projeto de transformação digital faz parte do plano diretor de cinco anos do Grupo Edson Queiroz, dono da Nacional Gás e também controlador das marcas Minalba Brasil, Esmaltec e do Sistema Verdes Mares de Comunicação. O conglomerado, sediado em Fortaleza, registrou em 2024 um faturamento de R$ 12,8 bilhões e Ebitda de R$ 1,7 bilhão, o que representa um crescimento de 36% em relação ao ano anterior.

A empresa acredita que a tecnologia deve ser a ponte entre as revendas e o consumidor final, oferecendo dados estratégicos sobre comportamento de compra, gestão de estoque e logística. O objetivo é transformar o aplicativo em uma central digital de serviços, reunindo tudo o que envolve a relação entre os revendedores e a companhia em um único ambiente.

Parceria com o Zé Delivery

A digitalização também avança com parcerias. Em fase experimental, a Nacional Gás iniciou uma colaboração com o Zé Delivery, plataforma da Ambev, em Minas Gerais e Ceará, para testar a venda de botijões diretamente ao consumidor final. O modelo utiliza revendedores cadastrados no aplicativo e, por enquanto, ainda não há previsão de expansão para outros estados.

Além disso, o Grupo Edson Queiroz criou um núcleo de inteligência artificial para aprimorar a governança dos dados e garantir mais segurança e eficiência nos processos internos. O sistema inclui uma assistente virtual voltada ao atendimento de funcionários e à automatização de políticas e rotinas corporativas.

A empresa reconhece que o perfil do consumidor mudou: mais conectado, mais exigente e em busca de soluções rápidas. Por isso, o investimento em tecnologia é o maior já feito pelo grupo em sua história.

Ampliação na frota de botijões

Enquanto acelera a digitalização, a Nacional Gás também prepara uma nova frente de investimentos. A companhia deve destinar R$ 350 milhões à compra de 1 milhão de novos botijões até o fim de 2026, acompanhando a projeção de aumento de 7% na demanda nacional pelo produto.

Segundo o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o Brasil realiza por ano cerca de 400 milhões de cargas de 13 quilos de GLP, abastecidas em 140 milhões de botijões que circulam atualmente no país. A previsão é que o programa Gás do Povo injete 30 milhões de novas cargas anuais, beneficiando 15,5 milhões de famílias.

Concorrência e capacidade de produção

O setor de GLP no país movimenta cerca de R$ 44 bilhões por ano, sendo R$ 32 bilhões em receita das distribuidoras e R$ 12 bilhões das revendas. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta que a Nacional Gás lidera o mercado em 2025, com ligeira vantagem sobre a Copa Energia, que detém 25,05% de participação. Logo atrás aparecem a Supergasbras (20,8%) e a Ultragaz (11,8%).

Para atender à nova demanda, as distribuidoras devem investir juntas R$ 2 bilhões em até 10 milhões de novos cilindros, o equivalente a R$ 500 milhões por empresa. Hoje, o Brasil conta com seis fabricantes de botijões, incluindo a Nacional Gás, que produziram 3,37 milhões de unidades no último ano — bem abaixo da capacidade instalada, de 5,3 milhões.

Caso o consumo avance acima do previsto, a empresa já considera importar botijões da China para complementar a produção nacional.

Gás do Povo

Na última semana, o Ministério de Minas e Energia abriu o cadastro das revendas interessadas em aderir ao Gás do Povo. Em apenas 48 horas, mais de mil empresas firmaram acordo — quase 2% das 59 mil revendas em operação no Brasil.

O lançamento gradual do programa está previsto para novembro, com início nas capitais São Paulo, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Belo Horizonte, Goiânia, Teresina, Natal e Porto Alegre.

Com a expectativa de expansão e modernização do setor, a Nacional Gás aposta na tecnologia como o motor de uma nova fase do mercado de GLP — mais conectada, eficiente e preparada para atender um consumidor que quer, cada vez mais, pedir seu botijão com a mesma facilidade de pedir comida pelo celular.

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Tags:

gás de cozinha Gás do Povo glp

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