MEIO AMBIENTE
Encontro reúne entidades para discutir erradicação de lixões na Bahia
A primeira fase do projeto apresentado pela Abrema tem objetivo de desativar 200 lixões no Estado
Salvador foi sede de um encontro, nesta terça (29), que propõe alternativas para erradicar cerca de 400 lixões existentes na Bahia. A primeira fase do projeto, apresentado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), tem como objetivo desativar 200 pontos de descarte inadequados.
O presidente da Abrema, Pedro Maranhão, foi recebido na sede de A TARDE, nesta terça (29), pelo diretor de Relações Institucionais do A TARDE, Luciano Neves, e pelo líder de Projetos Especiais do Grupo, Tiago Décimo, e falou sobre os planos para a erradicação dos lixões que, segundo a entidade, chegam a cerca de 3 mil no Brasil.
“Na primeira fase, a gente desativa aproximadamente 200 lixões na Bahia", projeta Maranhão. "O primeiro momento é mais simples: fazer com que o prefeito ou gestor público não destine o resíduo sólido para lixões e faça o descarte em um lugar ambientalmente correto. Estamos fazendo um mapeamento que mostra a estrutura de aterros existentes hoje na Bahia, tanto públicos quanto privados. Em um raio de 100 quilômetros, esses prefeitos, nessa logística, darão destinação ambientalmente correta para um aterro próximo a essa cidade, independentemente de ser público ou privado.”
O encontro foi realizado na sede do Ministério Público da Bahia e reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público, Secretarias do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente, Tribunal de Contas, agências reguladoras e União dos Municípios da Bahia, que reforçaram a necessidade de erradicar os lixões.
Segundo Maranhão, a maior dificuldade tem sido a aderência de gestores ao tema. “A dificuldade é a iniciativa do gestor de tomar decisão de erradicar", aponta. "Esse evento vai organizar todas as entidades que têm a ver com essa pauta, o prefeito vai ficar mais ciente de sua obrigação. Faz com que o gestor utilize verba para dar uma destinação ambientalmente mais correta para melhorar o clima, a saúde e não poluir os lençóis freáticos. Há ótimos ganhos quando você deixa de descartar em lixões.”
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar que aterros sanitários instalados em áreas de preservação permanente (APPs) possam continuar em funcionamento até o fim do prazo previsto nos contratos de licenciamento.
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