IBEM 25
ESG, pesquisas e transição energética encerram International Brazil Energy
Desde o dia 25 de março, mais de 3 mil especialistas, entidades, estudantes e empresas participaram do encontro internacional no Centro de Convenções
Por Carla Melo

O terceiro e último dia do International Brazil Energy 2025 foi marcado por debates e palestras sobre a Transição Energética, ESG e pesquisas científicas para o setor de energia. Desde o dia 25 de março, mais de 3 mil especialistas, entidades, estudantes e empresas participaram do encontro internacional no Centro de Convenções de Salvador.
De acordo com um dos organizadores do evento Nicolás Honorato, o encontro é um importante espaço para a discussão do futuro do mundo, afinal a Bahia é referência de energia renovável.
"O principal motivo pelo que a gente faz hoje aqui em Salvador, na Bahia, é porque a Bahia e o Nordeste, de forma geral, são produtores de diferentes formas de energia. Existe uma diversidade na geração de energias renováveis, como a solar, a eólica e energias não renováveis, fósseis, como o petróleo, o gás, a nuclear, que têm geração ou produtos básicos necessários para essas energias, sendo produtores", disse ele.
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"Então, por isso faz todo o sentido fazer o evento aqui e trazer os especialistas daqui, mas também de outras partes do Brasil e do mundo, para discutir esses assuntos. Queremos mostrar ao mundo como é feita essa diversificação energética que nós já temos e que para nós é normal aqui, mas que é pouco frequente mundo afora. Queremos mostrar ao mundo qual é o jeito baiano de fazer as coisas no sentido da integração energética", continou o CEO da Austral Energy Consult.

Durante os três dias de evento, foram reunidos expositores nacionais, representantes de, pelo menos, 20 países, alguns deles com delegações empresariais ou governamentais. Além disso, foram montados vários espaços para palestras e atividades específicas, com duas plenárias, a arena ESG (espaço dedicado à discussão de temas ambientais, sociais e governança), arenas de inovação, comercial e de investimentos, rodada de negócios, congresso acadêmico, seção técnica, hackathon e visitas técnicas.
Pesquisas científicas na Bahia
O iBEM 25 também contou com a presença de professores, estudantes e pesquisadores de diversas universidades federais. Para o professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ednildo Andrade Torres, a Bahia precisa aproveitar o momento de estudos diante da transição energética e o evento é a oportunidade para conhecer a grandiosidade do Estado e a sua potência energética.
"Esse é um projeto que foi lançado pela FAPESB, SECT, que é a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, para fomentar institutos de inovação, ciência e tecnologia, no nosso caso, energias renováveis. A questão energética é muito importante, não só para o nosso Estado, mas para o mundo. Guerras e mais guerras existem por causa da energia também, mas também as facilidades que a energia contribui para a sociedade, seja ela a fóssil e a fóssil, petróleo, gás natural e seus derivados, ou as renováveis", explicou Ednildo Andrade Torres
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"O nosso instituto tem como foco as energias renováveis, solar, eólica, biomassa e derivados. Com isso, a gente tem mais ou menos seis instituições do estado, cerca de 80 pesquisadores trabalhando com essa visão de desenvolvimento, capacitação de alunos na graduação, mestrado, doutorado e também nas escolas de nível médio para atender as condições que hoje nós estamos vivendo", complementou o professor.

A expectativa dos organizadores é de que somente as rodadas de negócio movimentem cerca de R$ 250 milhões, fora os acordos comerciais em outros espaços da feira.
Potencial energético da Bahia
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado da Bahia, Ângelo Almeida, o evento é um reflexo importante da capacidade energética do estado, que é ponto estratégico da produção de energia eólica. Somente em 2024, a Bahia foi responsável por 99,1% da geração dessa fonte.
"A Bahia é líder de produção eólica a nível nacional. Quando a gente olha para o que é produzido no estado, 99.1% de geração com fontes limpas, isso chama a atenção do mundo. Esse 1° IBEM é uma prova disso. Desde 2012 foi implantado o primeiro Parque Eólico do Estado e isso são apenas 13 anos de crescimento e produção", disse o representante.

Também idealizador do iBEM, Eduardo Aragon falou ao Portal A TARDE sobre o potencial da Bahia na produção de energia limpa. Segundo Aragon, o estado é privilegiado por sua variedade energética: "Temos em curso um plano robusto de interiorização do gás natural, buscando colocar à disposição de todos os segmentos da nossa economia"
“O iBEM se destaca pelo caráter de discussão onde, independente, de sua bandeira ou da sua fonte, tenha a capacidade de interagir com diversos setores da sociedade, considerando que é preciso discutir a transição energética, principalmente, sobre como cada um pode contribuir e os principais impactos diante desse processo", explica Rafael Valverde, também organizador do evento e representante da Eolus Sowitec.
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