ECONOMIA
Ferro verde abre caminho para aço sustentável na indústria automotiva
Vice-presidente da Brazil Iron aponta o ferro verde como chave para uma indústria automotiva realmente sustentável

Por Redação

A indústria automotiva vem evoluindo cada vez mais com o passar do tempo, principalmente com o movimento de eletrificar os carros, porém, o vice-presidente da Brazil Iron, Emerson Souza, destacou diversos pontos cruciais desse processo durante a ABX25, nesta quarta-feira, 17.
“A indústria automobilística foi uma das primeiras no mundo a se mover nesse processo, já pela eletrificação dos carros. Mas de nada adianta termos carros elétricos se a produção continuar sendo feita com um aço que, na sua geração, elimina uma grande quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera. A integração é fundamental”, afirmou Souza, em entrevista ao portal Times Brasil.
Somado a isso, ele ainda destacou a importância do material “ferro verde” para o meio ambiente.
“O ferro verde é um insumo produzido a partir do minério de ferro tradicional, mas com um processo totalmente descarbonizado. Ele é o único insumo que possibilita a transformação em aço verde, ou seja, uma matéria-prima para carros e para a indústria de base sem emissão de gases de efeito estufa”, afirmou Souza.
Ainda de acordo com Souza, somente 3% do minério de ferro mundial possui essa capacidade, e que o Brasil, mais especificamente a Bahia, apresenta condições favoráveis para esse material.
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“O Brasil tem uma janela de oportunidade para entrar na vanguarda da descarbonização da indústria de base como um todo”, disse.
Além disso, ele salientou o interesse internacional sobre esse material. “A Ásia e a Europa já estão vendo a necessidade de produzir aço verde. A corrida pelo material é grande, e a indústria automotiva é uma das primeiras a buscar esse produto para construir carros que sejam verdes não apenas na condução, mas também na fabricação”.
O projeto na Bahia já inclui três etapas de beneficiamento até chegar ao ferro verde, que é tecnicamente conhecido com HBI
Além de gerar um produto mais amigável ao planeta, o processo cria empregos, arrecada impostos e aumenta o valor agregado da produção exportada”, concluiu.
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