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DISCREPÂNCIA

Homens ganham 19% a mais do que as mulheres em Salvador

Em 2020, Salvador registrou a maior diferença salarial, com 34,68%, segundo levantamento do IBGE

Por Carla Melo

02/10/2024 - 12:46 h
Apesar de ainda ser alta, a diferença salarial é a menor desde 2022
Apesar de ainda ser alta, a diferença salarial é a menor desde 2022 -

Apesar de estar em vigor a regulamentação da lei federal que estabelece a obrigatoriedade de igualdade salarial entre mulheres e homens no Brasil, a disparidade salarial entre os gêneros continua sendo uma realidade no mercado de trabalho.

Um levantamento realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) mostra que os homens ganham mais do que as mulheres em todas as capitais brasileiras, inclusive em Salvador onde o ganho de homens é 19,41% maior que o de mulheres.

A menor diferença, de 3,2%, foi de Rio Branco e a maior foi de Teresina, 34%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Leia também:

>> Homens ganham até 3,9 vezes o salário de mulheres na mesma ocupação
>> Mulheres em cargos de diretoria ganham 25% abaixo dos homens
>> Preconceito impede mulheres negras de atingirem cargos de liderança

Ao longo dos anos, esse percentual também apresenta grande oscilação. Apesar de ainda ser alta, a diferença salarial é a menor desde 2022, quando a porcentagem registrou discrepância de 12,29% em comparação com a média brasileira. Em 2020, Salvador registrou a maior diferença salarial, com 34,68%, segundo levantamento do IBGE.

O cenário não é diferente do estado baiano, onde mulheres ganham 19,7% menos do que os homens, em análise feita com base em empresas com 100 ou mais funcionários. Os dados foram divulgados no 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, publicado em setembro, pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres.

A diretora de Programa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luciana Nakamura, explica que a igualdade salarial está prevista na CLT desde 1943, mas que “não é cumprida pelas empresas”. “E as mulheres continuam ainda excluídas do mercado de trabalho”, argumentou. Segundo ela, o MTE não quer punir as empresas. “Queremos que elas olhem para as desigualdades salariais entre homens e mulheres, e possam promover um ambiente de igualdade”, afirmou.

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Tags:

diferença salarial ibge igualdade salarial Instituto Cidades Sustentáveis LEVANTAMENTO Salvador

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