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CRÉDITO EXPLOSIVO

Juros sobem para pessoas físicas e caem para empresas, aponta BC

BC diz que famílias enfrentam juros recordes e empresas sentem alívio nas taxas bancárias

Andrêzza Moura

Por Andrêzza Moura

26/12/2025 - 15:39 h
famílias pagam juros mais altos nas compras com cartão de crédito
famílias pagam juros mais altos nas compras com cartão de crédito -

O crédito bancário ficou mais caro para as famílias e um pouco mais barato para as empresas em novembro, segundo dados das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgados nesta sexta-feira, 26, pelo Banco Central (BC).

A alta dos juros para pessoas físicas acompanha o aumento da taxa Selic, que está em 15% ao ano, o maior nível desde 2006. Já para as empresas, algumas linhas de crédito tiveram redução nos juros.

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Para as famílias, os aumentos foram mais sentidos no crédito pessoal sem desconto em folha, que passou a cobrar 106,6% ao ano, e no cartão de crédito parcelado, que chegou a 181,2% ao ano. O cartão de crédito rotativo, usado quando o consumidor paga apenas parte da fatura, ficou ainda mais caro e alcançou 440,5% ao ano, mesmo com regras criadas para limitar os juros.

No geral, a taxa média de juros para famílias chegou a 59,4% ao ano, subindo em novembro e também nos últimos 12 meses. Já para as empresas, o cenário foi diferente. Os juros médios caíram e ficaram em 24,5% ao ano.

Houve redução principalmente nas linhas de desconto de duplicatas e nos empréstimos para capital de giro com prazo acima de um ano. No crédito com regras definidas pelo governo, os juros para pessoas físicas ficaram estáveis em 10,9% ao ano, enquanto para empresas caíram para 11,8% ao ano.

O montante total de crédito disponível para famílias, empresas e governos chegou a R$ 20,3 trilhões, com crescimento tanto no mês quanto no período de um ano. Já o total de empréstimos concedidos pelos bancos alcançou R$ 6,9 trilhões, com crescimento mais lento do que nos meses anteriores.

Endividamento e inadimplência

O Banco Central também alertou para o endividamento das famílias, que continua aumentando. As dívidas já representam 49,3% da renda acumulada em 12 meses, e quase 30% da renda mensal está comprometida com o pagamento de contas e empréstimos. A inadimplência, que mede atrasos acima de 90 dias, ficou em 3,8%, sendo maior entre as pessoas físicas.

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Segundo informações do BC, esse cenário é consequência da política de juros altos para conter a inflação. Com o crédito mais caro, as pessoas tendem a consumir menos e poupar mais. Ao mesmo tempo, a diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e o que cobram dos clientes, o chamado spread bancário, também aumentou, refletindo custos, impostos, riscos e lucro das instituições financeiras.

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Tags:

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