INVESTIMENTO BILIONÁRIO
Pioneira global de híbrido flex, GM mira transição e anuncia fábrica de elétricos
Com investimento estimado de R$ 7 bilhões, os modelos unem a eletrificação e o uso do etanol como fonte renovável

Por Carla Melo

A General Motors da América do Sul vai dar o pontapé na produção dos primeiros modelos híbridos flex do mundo e escolheu o Brasil para despontar esse cenário de transição energética e redução da emissão de carbono global no setor automobilístico.
Com investimento estimado de R$ 7 bilhões, os modelos que unem a eletrificação e o uso do etanol como fonte renovável, vão ampliar ainda mais o leque de oportunidades da fabricante que é reconhecida por sua produção de 95% de modelos flex. O processo é parte do plano de renovação de todo o portfólio da GM com modelos híbrido normal, ou híbrido plug-in, ou elétrico.
De acordo com Fábio Rua, vice-presidente de Políticas Públicas, Comunicação e ESG GM América do Sul, o investimento no país leva em consideração a riqueza natural e abundante em recursos renováveis.
“Isso é uma conquista da nossa capacidade de produção, da qualificação dos nossos engenheiros, da nossa estrutura fabril, mas principalmente pelo fato de que o Brasil tem essa riqueza que é o etanol e que é adotado em larga escala. Uma evolução tecnológica que no Brasil funcionou muito bem, como transição para o veículo elétrico”, disse o VP, durante visita institucional na sede do Grupo A TARDE.
Com esse novo cenário, o vice-presidente da montadora prevê que até 2030, todos os veículos da GM produzidos no Brasil terão algum tipo de eletrificação. “Serão ou híbridos, híbrido que a gente chama de mild, que é o híbrido leve, ou híbrido normal, ou híbrido plug-in, ou elétrico”, anunciou Fábio Rua.
GM anuncia fábrica no Nordeste
Recentemente, a GM da América do Sul anunciou a primeira fábrica de veículos 100% elétricos do Brasil no Ceará, que deve iniciar as operações em dezembro deste ano. Ainda de acordo com Rua, os veículos, que são originariamente produzidos na China, vão passar a ser montados aqui no Brasil.
Rua aposta em parcerias com empresas chinesas para lidar com a alta competitividade da produção de veículos híbridos e 100% elétricos no Brasil.
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“Temos joint ventures, parcerias acionárias com empresas chinesas há mais de 30 anos. Desde a década de 90, a GM está na China, e produziu, no ano passado, 1.8 milhão de veículos, o que significa que ela produziu mais veículos na China do que toda a indústria automotiva produziu no Brasil no mesmo período e que vai produzir no Brasil este ano. Competir com essas empresas no Brasil faz sentido e nos dá condição de parear essa competição com veículos produzidos na China também”, continuou o vice-presidente da GM América do Sul.
Fábio Rua aposta em modelos já lançados no mercado para avançar no mercado, como o Spark, que é o primeiro veículo 100% elétrico da GM, que também será produzido no Brasil, até o final do ano, também o Captiva que é produzido na China. A expectativa é de que ao longo do tempo, a empresa traga outros modelos “para que essa competição seja equilibrada”.
GM mira em cadeia produtiva sustentável
Além da transição na produção de veículos automotivos mirando a descarbonização global em carros a combustão, Rua aponta para uma mudança também na cadeia produtiva da empresa, principalmente com a transição de energia limpa e renovável.
As plantas das empresas, de acordo com o VP, estão todas quase a 100% delas sendo abastecidas com energia fotovoltaica. Além disso, o trabalho de manufatura está utilizando cada vez menos água no processo produtivo.
“Isso tem uma lógica sustentável sim, mas também tem uma lógica de produção e tem uma lógica de aproveitar as riquezas que o país nos dá para produzir cada vez mais alinhado a essa nossa visão de descarbonização, que é uma visão que começa com os nossos carros a combustão, que cada ano que passa eles são cada vez menos poluentes e mais eficientes do ponto de vista energético, passando pelos carros híbridos e chegando nos carros elétricos”, finaliza Fábio Rua.
O Grupo A TARDE recebeu nesta quarta-feira, 8, o vice-presidente da GM da América do Sul, Fábio Rua, em uma visita institucional. Estiveram presentes o presidente do Grupo A TARDE, João de Mello Leitão, o diretor de Relações Institucionais Luciano Neves, o diretor da A TARDE FM, Eduardo Dute, a diretora de Conteúdos e Projetos Especiais, Mariana Carneiro, a diretora do Núcleo Digital, Caroline Gois, a Gerente de Comunicação da GM da América do Sul Beatriz Matarrazo, do Assessor de Imprensa, Ivan de Oliveira e o Marketing Regional, Ernst Friedheim.

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