ECONOMIA
Pix automático: modalidade passa a ser obrigatória no Brasil
Novo modo vai substituir o débito automático e os boletos

O Pix automático, modalidade do pagamento instantâneo criado pelo Banco Central (BC), que permite que seus usuários façam transações recorrentes, como contas e planos de saúde, de forma autônoma, tornou-se obrigatório nesta segunda-feira, 13.
A ferramenta já estava no mercado funcionando de forma opcional em julho de 2025. Tal modalidade foi criada para que o usuário permita que os usuários possam autorizar pagamentos periódicos a empresas, prestadores de serviço, etc.
Basta o cliente ativar uma única vez, com o CPF da pessoa, para que os débitos saiam automaticamente da conta do pagador.
Beneficiários do serviço
A ferramenta busca ajudar tanto as empresas quanto os consumidores. Segundo o Branco Central (BC), criador do PIX, a nova ferramenta vai facilitar a vida de 60 milhões de pessoas que não possuem um cartão de credito.
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Como ele funciona?
- Empresa envia pedido de autorização de Pix automático a cliente;
- No aplicativo do banco ou instituição financeira, o cliente acessa a opção “Pix automático”;
- Lê e aceita os termos da operação;
- Define a periodicidade da cobrança, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação;
- A partir da data acordada, o sistema faz os débitos automaticamente;
- Cobrança pode ser feita 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados;
- Usuário pode cancelar autorização e ajustar valores e periodicidade a qualquer momento.
Tipos de contas
Atualmente, a nova versão do PIX é válida somente para pessoas físicas ou cobradores.
Veja outras opções que podem ser pagas com o Pix Automático são:
- Contas de consumo (luz, água, telefone);
- Mensalidades escolares e de academias;
- Assinaturas digitais (streaming, música, jornais);
- Clubes de assinatura e serviços recorrentes;
- Outros serviços com cobrança periódica.
Segurança
O Pix automático apresenta algumas possíveis vulnerabilidades que podem ser utilizadas para golpes, as principais são de empresas falsas que enviam propostas de cobranças que desaguam em contas de terceiros.
Para diminuir o risco desses possíveis golpes, o BC editou, em julho, diversas normas que as empresas precisam aderir para o Pix Automático.
Os bancos e as instituições devem checar diversas informações separadas em três categorias:
- Dados cadastrais;
- Compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço ofertado no Pix automático;
- Histórico de relacionamento com o participante.
Somado a isso, para impedir fraudes vindas de empresas recém-criadas, somente as que estejam em atividade há mais de seis meses podem utilizar a nova modalidade do Pix.
Além disso, as regras que os bancos devem seguir são:
- Data de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); situação cadastral dos sócios e administradores no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), e outras informações da empresa;
- Compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço oferecido para o Pix automático;
- Quantidade de funcionários, valor do capital social e faturamento;
- Tempo de abertura da conta e uso de outros meios de cobrança;
- Frequência das transações com o participante.
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