CUIDADO
Por que você não deve comprar de madrugada na Black Friday
A época é famosa pelas chuvas de ofertas e descontos mas também de tentativas de golpe

Por Carla Melo

Que a Black Friday é o período em que a chuva de ofertas e descontos é mais intensa, todos os consumidores já sabem, assim como é sabido que as tentativas de fraudes também são volumosas nesta época do ano.
Durante a Black Friday de 2024 (entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro), os consumidores da Geração Y lideraram o volume de compras online, com mais de 2 milhões de transações, mas foram os Millenials alvos principais de tentativas de fraude, concentrando quase 30% dos ataques. Os dados são da Serasa Experian.
Ainda de acordo com o estudo, é na madrugada que os criminosos mais atacam com tentativas de fraudes. O dia 29 de novembro foi o mais atacado de toda a Black Friday 2024, repetindo o padrão de 2023, quando o pico ocorreu no dia 24.
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As compras se concentraram entre 10h e 23h, com pico entre 13h e 14h, quando o fluxo ultrapassou 300 mil pedidos por hora. Mas é na madrugada, entre 0h e 2h, que os golpistas entram em ação: o volume cai para 65 mil compras por hora, mas a taxa de ataque dobrou, atingindo 2% às 3h da manhã — o dobro da média diária.
Consumo e exposição caminham juntos
O levantamento indica que os hábitos digitais de 2024 já antecipam as vulnerabilidades de 2025, um cenário em que o ritmo de consumo e o risco de exposição caminham juntos.
O estudo foi realizado a partir do monitoramento de 5,2 milhões de transações, que movimentaram R$ 3,5 bilhões em vendas no período. No total, 32,4 mil tentativas de golpe digital foram interceptadas, o que representa R$ 51,8 milhões em fraudes evitadas para empresas e consumidores.
Para o diretor da Serasa Experian, Rodrigo Sanchez, o comportamento mostra que os fraudadores agem com método e precisão, antecipando-se ao pico das promoções para explorar distrações e brechas. “Os criminosos seguem o movimento do consumidor, quando ele acelera, eles também. O segredo está em antecipar o risco, e não apenas reagir a ele”.
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