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AGRICULTURA

Produtores poderão contar com seguros de riscos para crises climáticas

Medidas são para mitigar efeitos da mudança climática, e fortalecer a segurança da produção e do produtor agrícola

Por Carla Melo

25/04/2025 - 8:38 h
Enchente do Rio Grande do Sul destruiu produções agrícolas
Enchente do Rio Grande do Sul destruiu produções agrícolas -

Enchentes no Rio Grande do Sul e incêndios quilométricos na Chapada Diamantina foram duas das grandes emergências climáticas que acenderam o alerta sobre o papel do Estado, da sociedade e principalmente sobre a responsabilidade dos setores industriais e empresariais no panorama natural, que a cada vez mais destaca a devastadora consequência da crise climática no mundo.

Em paralelo a isso, setores como a do mercado segurador têm buscado alternativas para mitigar esses impactos na sociedade. Recentemente, a Confederação Nacional de Seguradoras (CNseg) anunciou estudos com o governo federal para ações de seguros de riscos diante de emergências climáticas.

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O mercado segurador, cuja função é fortalecer a segurança financeira, mitigar riscos, estabilizar a renda e a riqueza, e incentivar a poupança e o investimento, entra como papel fundamental nisso. Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, esse passo também representa uma união com o setor público para alavancar com as aplicações das medidas, e por conseguinte, alcançar o objetivo maior que é mitigar os impactos climáticos na sociedade.

“Apenas 6% da área plantada do Brasil tem seguro rural. E o maior problema hoje do setor agrícola do Brasil é o risco climático. Nosso setor agrícola hoje tem alta tecnologia, tem terra, tem variedades produtivas, tem equipamento, tem acesso ao mercado, tem crédito mas não tem proteção contra os riscos climáticos, que são cada vez maiores. Esse é um dos nossos primeiros programas. A segunda prioridade também, extremamente relevante: o seguro social de catástrofe", disse Dyogo.

Presidente da CNseg, Dyogo Oliveira
Presidente da CNseg, Dyogo Oliveira | Foto: Divulgação | CNseg

"O país não pode mais se permitir conviver com sequências de enchentes, alagamentos, deslizamentos de terra sem ter um mínimo de preparo, sem ter nenhuma ferramenta para lidar com isso. A proposta é ter uma ferramenta que o setor de seguros é capaz de proporcionar para que a pessoa, no momento do desastre, minimamente receba uma indenização e consiga com aquilo se relocalizar, encontrar um alojamento, alimentação, medicamentos e etc”, continuou ele.

Expansão do setor

O representante também avalia o crescimento do setor e a oportunidade de expansão para setores públicos que anteriormente careciam de segurança financeira.

“O mercado é um setor muito autocentrado enquanto muitos outros estavam preocupados. O mercado segurador pode desenvolver recursos tanto para a agricultura, transporte, geração de energia, economia sustentável e tantos outros. Em 2024, tivemos crescimento acima de 12%. Foram quase 500 milhões de reais de impostos pagos - o que representa 15% do PIB brasileiro, mas temos 80% do mercado para crescer”, disse ele.

Somente em 2024, o setor de seguros no Brasil, assim como anos anteriores, tem registrado crescimento de dois dígitos. No ano passado, o mercado segurador teve um crescimento de 12,2% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) - isso representa uma arrecadação de R$ 435,56 bilhões.

“Nós temos que ser capazes de criar instrumentos para que nas próximas crises que virão. Elas certamente virão porque o mundo está passando por isso, nós precisamos de mecanismos financeiros e securitários melhores estruturados que nos tragam sustentabilidade econômica no longo prazo. É preciso trabalhar melhor a chegada do setor de seguros e ao mesmo tempo também os melhores arranjos dos fundos públicos. Essa discussão não interessa apenas ao setor de seguros, industrial, o estado ou a agricultura, isso aqui é uma questão nacional”, avalia Alessandro Octaviani, superintendente da Susep.

Alessandro Octaviani, superintendente da Susep
Alessandro Octaviani, superintendente da Susep | Foto: Divulgação | CNseg

A avaliação dos especialistas foi feita durante o lançamento da Agenda Nacional do Mercado Segurador, na quarta-feira, 23, em Brasília. O evento reuniu diversos representantes do setor público, como deputados, senadores, representantes do governo federal e especialistas do setor de seguros.

Lançamento da Agenda Nacional do Mercado Segurador
Lançamento da Agenda Nacional do Mercado Segurador | Foto: Divulgação | CNseg

Seguro agrícola

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Guilherme Campos, avalia a força do mercado, que já é aplicado no setor agrícola, como forma de segurança financeira para produtores, e garante que o governo federal está estudando ampliar ainda mais o mercado no setor público.

"No Brasil, nós temos dois tipos de seguro, o Pro-agro, mais focado nas menores empresas da agricultura, a agricultura familiar, e o prêmio é a subvenção do seguro rural, que você vai com recursos da União e cobre parte dos custos do prêmio do seguro. Tudo isso dentro de um orçamento muito limitado, onde você tem que fazer um balanceamento entre todas essas necessidades, mas que ganhou importância muito grande. O ideal seria que todo produtor, toda produção pudesse ser segurada. Vamos procurar esse ideal e realizar um trabalho para ampliar cada vez mais o número de produtores que são cobertos. É um processo em evolução, é um processo em evolução, é um processo que está sendo construído e esse ano teremos a apresentação de uma novidade para o setor”, disse o representante do poder executivo", concluiu ele.

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Tags:

crise climática economia emergências climáticas jurídico seguros de riscos

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