ECONOMIA
Saúde financeira: segundo semestre precisa de atenção redobrada
Especialista aponta atenção para os gastos do segundo semestre e da dicas
Por Redação

O segundo semestre de 2025 iniciou, e com ele diversas famílias já começam a fazer os cálculos de mensalidade escolar, festas de final de ano, viagens, e outros gastos, para que não terminem o ano no vermelho. Para evitar que isso aconteça, o especialista em Gestão Financeira e professor da Estácio, Guilherme Fontana, repassou algumas dicas de educação financeira.
“Para lidar com as despesas sazonais, como Natal e matrículas escolares, o ideal é planejar com antecedência. É preciso mapear essas despesas, estimar os valores e incluí-las no orçamento mensal, diluindo o impacto ao longo dos meses que antecedem esses compromissos”, afirma Fontana. Segundo ele, a criação de uma reserva específica para essas demandas é uma prática eficiente. Rever despesas fixas e variáveis e buscar ajustes temporários também ajudam a manter o equilíbrio sem comprometer a saúde financeira.
Quitar dívidas e seguir com um orçamento
Mais um desafio recorrente neste momento do ano, é focar os esforços em quitar as dívidas para não abrir o ano seguinte com elas. Segundo o especialista, é possível fazer isso sem bagunçar a balança mensal. “O primeiro passo é organizar todas as dívidas em uma planilha ou aplicativo, listando valores, prazos e taxas de juros. A partir disso, deve-se priorizar as que têm os juros mais altos, como o cartão de crédito e o cheque especial”, orienta.
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Somado a isso, Fontana ainda destaca o quão importante é buscar negociações com os credores. “Em muitos casos, é possível conseguir descontos em pagamentos à vista ou parcelamentos com taxas mais baixas. O segredo é fixar um valor realista dentro do orçamento para esse fim e evitar assumir novas dívidas enquanto as antigas ainda estão em aberto”, alerta.
Mais um conselho repassado pelo professor é cortar alguns “gastos não essenciais” e redirecionar esse dinheiro para sanar as dívidas.
Aproveitar com consciência evita dívidas em janeiro
Mesmo tomando todos esses cuidados financeiros, é possível aproveitar as festividades do final do ano sem que o objetivo de zerar as dívidas seja afetado. Para isso, Fontana recomenda uma coisa: “Defina, com antecedência, um limite de gastos com festas, viagens e presentes, sempre respeitando seu orçamento e prioridades como reserva de emergência, investimentos e quitação de dívidas.O equilíbrio entre lazer e metas financeiras começa com autoconhecimento e planejamento. ”
Uma medida prática é criar uma categoria específica no orçamento para o lazer, isso mantém a consciência sobre os gastos e evita exageros. “Não é necessário abrir mão do lazer, mas é importante consumi-lo com inteligência. Busque promoções, priorize experiências significativas em vez de excessos e, sempre que possível, pague à vista. Assim, você consegue se organizar para aproveitar o fim do ano com qualidade e entra em 2026 sem dívidas ou frustrações”, afirma o especialista.
Investir ou preparar uma reserva de emergência?
Mais um dilema passado nesse momento do ano seria o de começar ou não a investir, para o especialista, a prioridade deve ser fortalecer uma reserva de emergência. “Essa reserva deve cobrir, idealmente, de três a seis meses do custo de vida, contemplando despesas essenciais como moradia, alimentação, saúde e educação”, explica
Para criação dessa reserva, o foco deve estar em reduzir os gastos não essenciais e direcionar esse valor para a reserva. Somente após isso, o investimento passa a ser uma opção “Investir sem ter uma reserva de emergência pode gerar mais insegurança do que retorno. O momento certo para investir começa com o equilíbrio financeiro básico — e esse é um bom objetivo até dezembro”, conclui.
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