ECONOMIA
Supremo Tribunal de Justiça da vitória aos bancos contra Americanas
STJ ressalta não haver conflito entre recuperação judicial que corre no Rio e decisões da justiça de SP
Liminar favorável aos bancos contra a Americanas foi concedida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raul Araújo, na tarde desta sexta-feira, 3, onde reconhece que a Justiça de São Paulo é competente para promover produção antecipada de provas contra ao grupo varejista.
A recuperação judicial das Americanas está em tramitação na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, mas a Febraban, o Itaú, Santander e Bradesco acionou a Justiça de São Paulo, onde conseguiu a decisões favoráveis para que sejam produzidas provas contras as Americanas, no intuito de buscar responsáveis pela fraude contábil da empresa.
Por conta da manobra dos bancos, a Americanas recorreu ao STJ para que a suprema corte decidisse que a Vara da recuperação judicial pudesse unicamente tomar decisões envolvendo o grupo.
O ministro Raul, do STJ, disse na liminar, não haver conflito entre a recuperação judicial que corre no Rio e as decisões da Justiça de São Paulo.
“O conflito de competência não está caracterizado. Com efeito, o caso dos autos, que cuida de procedimento de recuperação judicial, não provoca a formação de um juízo verdadeiramente universal com competência para julgar todas as ações, de conhecimento ou de execução, sobre bens, interesses e negócios de recuperados”, diz Araújo na sua decisão.
O ministro reforça também que “não há notícias nos autos de que qualquer dos Juízos suscitados tenham determinado à recuperanda o ônus de custear os diversos procedimentos de produção antecipada de provas, de modo a comprometer o patrimônio da suscitante”.
Uma outra ação com tema semelhante transita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria de Alexandre de Moraes. De acordo com a CNN, a Americanas conseguiu uma liminar para suspender a produção antecipada de provas sob a justificativa de que ela alcançou mensagens trocadas pelos advogados da empresa.
Moraes atendeu o pedido e concedeu a liminar. Os bancos pediram reconsideração e a ação aguarda parecer do Ministério Público Federal.
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