EDUCAÇÃO
Uso de celulares e IA podem trazer benefícios para educação
Professor defende o uso das tecnologias na sala de aula
O debate sobre o uso de novas tecnologias em sala de aula, apesar das contribuições comprovadas, ainda enfrenta resistências, com projetos de lei propondo restrições, como a proibição de celulares nas escolas. Há também preocupações com o uso de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, que, sem direcionamento adequado, pode distrair e prejudicar o desempenho escolar.
No entanto, se utilizadas dentro de um planejamento pedagógico, essas tecnologias podem melhorar a aprendizagem e promover competências. Acadêmicos defendem que as tecnologias, como IA, tornam a educação mais interativa e eficiente. Um exemplo é o professor Jorge Júnior, que utilizou IA para criar músicas com seus alunos, tornando o estudo de história mais envolvente e divertido.
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Para o professor, o uso de duas dessas ferramentas, o Suno AI – programa de criação musical de IA generativa – e o ChatGPT, tornou o aprendizado de conteúdos acadêmicos mais atrativos para alunos do 6.º ano do ensino fundamental, em uma escola no interior do estado do Rio de Janeiro. Divididos em equipes, os estudantes utilizaram os conhecimentos aprendidos em sala sobre os povos da Mesopotâmia para criar músicas.
“A história, às vezes, parece muito distante dos alunos. Sempre tento fazer essa ponte e uso a tecnologia para levar o conteúdo, “aquela coisa antiga”, para o mundo deles” explica o professor da escola Grandini.
Especialista em Educação Especial e Inovação Tecnológica pela UFRRJ, o professor acredita que inserir recursos tecnológicos na sala de aula é uma forma de torná-la mais atrativa para as novas gerações.
“Eles gostam de música e usar um aplicativo que faz música para resumir uma aula, por exemplo, é maravilhoso! Agora, com o ChatGPT, são eles que transformam o conteúdo em composições. É uma maneira divertida para fixar o conteúdo”, acrescenta.
Uso com responsabilidade
Sobre a utilização de celulares nas atividades em sala, o professor destaca que o aparelho deve ser utilizado sempre com a orientação e a supervisão do docente, que também é responsável por estabelecer os limites de uso, de acordo com a atividade. Júnior reforça que o celular é uma ferramenta complementar e não substitui momentos de leitura, trabalhos ou exercícios.
“Como toda aula, exige planejamento, mas, se você souber usar como ferramenta nos momentos certos, é maravilhoso. É preciso colocar limites, pois eles querem usar o celular o tempo todo, mas também entendem que tem hora para tudo”, conclui.
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