DESDOBRAMENTO
Câmara de Vereadores vai discutir uma nova versão da Lei Anti-Oruam
Iniciativa partiu de uma vereadora do PSDB
Por Redação

A polêmica envolvendo a chamada “Lei Anti-Oruam” ganhou mais um capítulo. Isso porque a Câmara de Vereadores do Rio vai discutir uma versão carioca do projeto, que proíbe que o poder público contrate shows de artistas que de alguma forma façam apologia ao uso de drogas ou ao crime organizado.
Leia Também:
A iniciativa partiu da vereadora Talita Galhardo (PSDB) com a coautoria de Pedro Duarte (Novo). Com isso, pelo menos 12 capitais já contam com projetos semelhantes. Porém, tudo teve início em São Paulo, quando a vereadora Amanda Vettorazzo (União), coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL), propôs a restrição.
Isso aconteceu dias depois de Amanda postar um vídeo nas redes sociais onde afirma que Oruam “abriu a porteira para que rappers e funkeiros começassem a produzir músicas endeusando criminosos e líderes de facções, usando de gírias para normalizar o mundo crime na nossa cultura”.
Talita cita como exemplo de uma suposta apologia um vídeo disponível no YouTube em que Oruam interpreta a música ‘Faixa de Gaza’, de MC Cabelinho. A letra menciona assaltos e faz menção ao ‘Comando Vermelho RL’. As letras R e L são as iniciais do nome de Rogério Lengruber, criador da Falange Vermelha nos anos 1970, que deu origem ao Comando Vermelho.
Vale lembrar que Oruam é filho do traficante Marcinho VP, que é ligado ao Comando Vermelho e ex-líder do tráfico no Complexo do Alemão. Ele está detido desde 1996 em presídio federal. Ano passado, Oruam causou polêmica durante uma apresentação no festival Lollapalooza, em São Paulo, ao se apresentar vestido com uma camiseta com o rosto do pai e a palavra “liberdade”.
Além do Rio e de São Paulo, projetos na mesma linha foram apresentados em Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Curitiba, Vitória, João Pessoa, Porto Alegre, Cuiabá, Porto Velho e Natal.
Já em Brasília, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), do MBL, protocolou um projeto similar, só que com reflexos de âmbito nacional.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes