POLÊMICA
Francisco Cuoco desistiu de ajudar o filho e 'culpou' Lula: "Acabou"
Ator se afastou da campanha do filho após escândalo e fez críticas ao governo da época
Por Luiz Almeida

Francisco Cuoco, que faleceu nesta quinta-feira, 19, aos 91 anos, não se candidatou a cargos políticos ao longo da vida, mas se envolveu diretamente em campanhas. Ele participou, inclusive, na tentativa do próprio filho, Diogo Rodrigues Cuoco, de ingressar na política.
No início dos anos 2000, Diogo tentou por duas vezes conquistar um cargo público. Primeiro, em 2002, se lançou candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo PMDB.
A presença de Cuoco, então no auge da popularidade, acabou chamando mais atenção que até os próprios políticos. Durante um ato de campanha em Nova Iguaçu, o ator chegou a ofuscar tanto o filho quanto o então presidenciável José Serra (PSDB), segundo relatos da época.
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A tentativa de 2002 não deu certo, e dois anos depois, em 2004, Diogo tentou se eleger vereador pelo PL, também sem sucesso, somando 4.554 votos.
Francisco Cuoco desistiu da política
O que parecia ser uma relação contínua de apoio virou frustração. Após a segunda derrota do filho, Cuoco surpreendeu ao anunciar publicamente que não queria mais se envolver em campanhas. O motivo foi direto: a decepção com os escândalos de corrupção que vieram à tona durante o governo Lula, em especial o Mensalão.
“Disse a ele que não queria mais lidar com isso. Está evidente que houve muita corrupção e fico escandalizado. Sei que posso confiar no meu filho, mas avisei a ele: ‘Estou fora’”, afirmou o ator em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em 2005.
Ainda na mesma conversa, Cuoco fez duras críticas à gestão petista. “Não esperava que, depois do Collor, isso fosse acontecer mais. É decepcionante. Prefiro ficar no sonho, que é minha atividade. A atuação do Lula foi muito modesta na área cultural. E o governo Lula acabou”, disparou.
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