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Gunûncho: novo álbum de Gabriele Leite resgata legado de compositoras

Violonista revisita compositoras consagradas e apresenta peças autorais pela primeira vez

Redação

Por Redação

20/11/2025 - 4:15 h
Álbum nasce de memórias afetivas e propõe uma escuta íntima, acolhedora e politicamente potente
Álbum nasce de memórias afetivas e propõe uma escuta íntima, acolhedora e politicamente potente -

A violonista Gabriele Leite celebrou a chegada de seu segundo álbum, Gunûncho, lançado pela Gravadora Rocinante. A obra, disponível tanto em vinil quanto nas plataformas digitais, destaca um repertório dedicado a compositoras que, mesmo sem atuarem como violonistas, marcaram o universo do instrumento com peças expressivas. São elas Chiquinha Gonzaga, Lina Pires de Campos, Tania León e Thea Musgrave, cujas criações ganham nova vida na interpretação de Gabriele. O lançamento aconteceu na última terça-feira, 18.

“O Gunûncho é a memória da voz interior. Gunûncho foi a palavra escolhida por minha mãe, carinhosamente, ao nomear a minha mantinha de bebê (naninha), carregada por mim em todos os momentos: sem exceções. Com o Gunûncho em meu rosto, eu me sentia como se estivesse em um lugar de acalanto, o tato do paninho de crochê colorido em tons pastéis. O Gunûncho me acompanhou quando criança e, hoje, retorna como símbolo de uma reconexão", define Gabriele Leite.

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Grande parte da escrita dessas autoras parte de outros instrumentos como referência, mas neste novo trabalho Gabriele escolheu peças que exploram o potencial expressivo do violão.

O repertório traz peças compostas ou dedicadas a intérpretes do instrumento, ampliando a escuta sobre como compositoras de diferentes tempos e lugares dialogaram com o violão.

“Celebrar mulheres compositoras amplia a escuta de repertório. Essa escuta é uma provocação: feche os olhos, cada nota que você ouvirá são mulheres dizendo “a nossa música não é aquilo que você quer que ela seja”. A produção dessas mulheres passaram por desafios inimagináveis. Pensar que elas não tiveram a escolha de se expressar no seu mais íntimo lugar, faz o ouvido ficar ainda mais afiado e atento”, avalia Gabriele.

Álbum nasce de memórias afetivas e propõe uma escuta íntima, acolhedora e politicamente potente
Álbum nasce de memórias afetivas e propõe uma escuta íntima, acolhedora e politicamente potente | Foto: Divulgação / Lucas Mezzacapa

A escolha reflete uma busca pela diversidade. No eixo internacional, a cubana Tania León, radicada nos Estados Unidos, aparece com Paisanos Semos!, a obra talvez mais dissonante e radical do disco.. Já a escocesa Thea Musgrave, de ampla produção camerística e orquestral, contribui com obras que reforçam a riqueza de compositoras ainda vivas e ativas.

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No eixo brasileiro, estão a pioneira Chiquinha Gonzaga, referência incontornável da cultura nacional, e Lina Pires de Campos, influenciada por Camargo Guarnieri e voz importante da música de concerto do século XX. O disco ainda conta com composições da própria Gabriele.

Para Gabriele, este projeto “celebra o legado de mulheres compositoras não violonistas que, de alguma forma, durante suas vidas tiveram um encontro com esse instrumento tão belo e difícil de compor. Permite difundir novas escutas e trazer gravações inéditas, como as serenatas de Thea Musgrave”.

Se no primeiro álbum o foco estava na interpretação, Gunûncho marca uma virada. “O nome sugere um ‘desmame’ de narrativas amarradas e um olhar mais afetivo em diferentes camadas. É uma história de amadurecimento e de abrir caminhos para novas facetas minhas como intérprete, arranjadora e compositora. Esse último ponto, a composição, não estava presente antes. Eu vinha há alguns bons anos tentando amadurecer a ideia de compor e, num inverno em Nova Iorque em 2023, o lapso criativo apareceu de forma natural e intuitiva”, conta.

O resultado é um disco que convida à escuta íntima e acolhedora. “Eu diria que num sábado de manhã pós-café seria o momento ideal para ouvir, mas cabe também numa sexta-feira à noite antes de dormir. É um álbum para relaxar e se envolver em cada faixa. Tudo foi pensado para desconstruir certas rigidezes da performance e se tornar algo mais pessoal”, afirma Gabriele.

A construção coletiva também atravessa o projeto. A produção musical é de Erika Ribeiro, com direção artística da Gabriele com Sylvio Fraga. Gabriele destaca ainda a colaboração da mãe, Edelzuita Leite, que batizou sua naninha de infância com o nome Gunûncho, inspiração para o título; de sua companheira, Vitória Cardoso, produtora que apoiou o processo de repensar padrões; e do amigo e poeta Pedro Mattos, junto à empresa Mattiz, que contribuiu no processo criativo.

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Tags:

compositoras Gabriele Leite Gunûncho lançamento de álbum música brasileira violão

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