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CIÊNCIA EM FOCO

Marcius Gomes, da Secti, fala sobre ciência, educação e desenvolvimento na Bahia

Em entrevista exclusiva, o secretário Marcius Gomes detalha a transversalidade da pasta e os projetos de inovação para a Bahia

Cássio Moreira

Por Cássio Moreira

22/09/2025 - 6:05 h | Atualizada em 22/09/2025 - 10:30
Marcius Gomes durante visita ao Grupo A TARDE
Marcius Gomes durante visita ao Grupo A TARDE -

Ciência e inovação caminham juntas com o desenvolvimento da educação e das atividades rurais na Bahia. O novo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Marcius Gomes, explicou ao Portal A TARDE, em entrevista exclusiva, como tem funcionado o processo de transversalização da pasta com setores que são considerados pilares para uma sociedade próspera em solo baiano.

Durante a conversa, o titular da Secti destacou o trabalho em parceria com a Secretaria de Educação (SEC), o diálogo com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as expectativas com os projetos que estão em andamento e as iniciativas futuras.

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Como tem sido o trabalho de transição na pasta?

Estamos conduzindo a pasta que tem projetos estratégicos definidos no programa maior de governo: pelo Bahia + Inovadora. O programa vem aliado com a consulta pública do nosso PPA (Plano Plurianual) e com o programa de gestão participativa do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Temos esse cuidado, mas trazendo para este momento de transição também a experiência enquanto gestor e pesquisador, professor de universidade pública, a gente tem como sentimento essa possibilidade de colaborar com o campo de ciência e inovação.

Tem algo novo nos diálogos recentes com o Ministério de Ciência e Tecnologia?

Temos a continuidade desse processo que vem desde 2023 com o presidente Lula (PT). A Bahia tem tido uma forte aproximação com os ministérios, e a Ciência e Tecnologia, da ministra Luciana (Santos), temos fortalecido algumas agendas. Dentre elas, a educação científica. A Bahia, no ano passado, foi o primeiro estado a lançar uma legislação própria sobre ciência.

Claro que temos algumas pautas urgentes na mesa, porque temos que olhar para o futuro, a Bahia precisa avançar. Compreender no fomento, seja do Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) ou do próprio Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia, são agendas importantes.

Como a Secti está inserida no ambiente educacional da Bahia?

O melhor sentimento que a gente tem quando assume uma pasta é quando ela é transversal. A Secti tem esse ponto positivo, porque a ciência e tecnologia acaba transversalizando o governo com investimentos. Você vê hoje investimentos na segurança pública, saúde, desenvolvimento rural, e a educação é parte dessa ponte, que a gente compreende que para fazer gestão, a gente precisa conversar com os pares e apontar caminhos para pensar projetos estratégicos de Estado.

A educação tem dialogado de forma permanente na condição de compreender que a ciência na formação da juventude é importante para tornar esses meninos e meninas para além das oportunidades de participar de feiras, compreender que o estímulo de ciências na escola é estimular a inovação, e pensar o empreendedorismo como parte do desenvolvimento na formação.

O que você pode falar do processo de interiorização da pasta que tem ocorrido nos últimos anos?

Essa é a agenda mais próxima do atual secretário. A gente tem uma compreensão muito clara com relação às estruturas dos territórios de identidade e a necessidade que temos de cada vez mais aproximar ciência e tecnologia do interior. Essa agenda que envolve a política territorial, a sensibilidade de compreender que cada território e município tem uma prioridade e uma agenda estratégica, onde a ciência e tecnologia pode colaborar para seu desenvolvimento. Isso acontece com o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa, ou seja, identificando inovação e possibilidades para que essas agendas como a do desenvolvimento rural, que tem hoje uma cadeia consolidada das bioindústrias, as indústrias das cooperativas, que estão se desenvolvendo porque chegou inovação nesses espaços, aumentando produtividade, gerando emprego e renda.

O grande fomento é esse, pensar na sustentabilidade no estado da Bahia e na geração de emprego e renda.

O que se tem de projeto na pasta e as expectativas para os próximos meses?

A expectativa nossa é, primeiro, garantir que as entregas do nosso programa de gestão partidos do governo sejam atendidas. Temos importantes questões em andamento, como o Conecta Bahia, um dos programas que garante a conectividade significativa, que é um tema central. Tivemos poucos meses atrás o debate da economia digital, então levar Wi-Fi gratuito para a população nos espaços públicos significa dar acesso também, não só a conteúdo, mas acima de tudo, da capacidade e possibilidade de gerar emprego e renda através desse acesso.

Temos um movimento de recuperação do Parque Tecnológico da Bahia, é uma agenda estratégica, porque é o principal equipamento da inovação no estado da Bahia. Então, precisamos revitalizar essa política.

Precisamos também pensar em uma política estadual de CTI. A gente teve uma conferência nacional em 2023, estamos consolidando esse documento, e o nosso maior desejo é que a gente possa entregar esse documento, e que possa orientar governo, instituições de ensino superior, setor produtivo, sociedade civil, para que a gente pense o futuro da Bahia.

Poderia citar outros exemplos de ações concretas da Secti que devem sair em breve do papel?

Reforço duas grandes agendas nossas para este ano, que é a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que é entre 20 e 26 de outubro, onde a gente celebra todo esse movimento da Bahia, com apoio do A TARDE, com a disseminação da ciência. A gente celebra em Salvador, mas desde o ano passado a gente tem buscado ir para o interior do estado. Então, é uma programação que procura reconhecer as experiências em todo o estado, e este ano tem como tema central a cultura oceânica, discutindo da desertificação até o mar.

A outra, de 2 a 4 de outubro, é o BTX, um dos maiores eventos de inovação do país, temos mais de 5 mil inscritos, e esse evento procura trazer o debate da inovação nas Startups.

Quem é o secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia?

Professor-doutor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Marcius Gomes ocupou a chefia de gabinete da Secti antes de assumir o comando da pasta.

Marcius também foi diretor de Desenvolvimento Científico na mesma secretaria, além de secretário especial de Relações Internacionais da Uneb. Ele assumiu a Secti em agosto.

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Bahia ciências Educação Jerônimo Rodrigues secretário

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