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MMA

"A cereja do bolo": Baiana 1ª no ranking busca revanche no UFC

Virna Jandiroba reencontra Mackenzie Dern no UFC Abu Dhabi cinco anos depois da primeira luta

Marina Branco

Por Marina Branco

21/10/2025 - 15:46 h
Virna Jandiroba e Mackenzie Dern no UFC
Virna Jandiroba e Mackenzie Dern no UFC -

Com uma sequência de cinco vitórias embalando sua chegada a Abu Dhabi, a baiana Virna Jandiroba vive mais um capítulo de sua história no Ultimate Fighting Championship, o UFC - e com gostinho de revanche.

No próximo dia 25, a "Carcará" vai enfrentar Mackenzie Dern pela revanche do confronto vencido por Mackenzie em 2020, na luta que colocará frente a frente duas das maiores finalizadoras da categoria.

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"Era uma luta que eu já queria fazer, ter a oportunidade de ter uma revanche e tudo mais. É um bom tempo e uma boa ocasião", afirma Virna. O clima, então, é de conseguir vencer a adversária que a venceu no passado, e a preparação já dita o ritmo da volta por cima.

Daquela primeira luta, a atleta carrega o aprendizado e a experiência acumulada ao longo de cinco anos. "O que eu trago da primeira luta é aprendizagem. Muita aprendizagem. Eu sempre aprendo muito com as minhas derrotas", diz.

"Sofro bastante, mas aprendo e elaboro. E essa é uma oportunidade de ver como eu estou, o quanto evoluí no decorrer desses anos. O aprendizado não é só daquela luta, mas de toda essa temporada. Aí é minha experiência", conta.

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Além da preparação física, a lutadora dedica atenção especial ao lado mental. "Eu faço terapia já faz um bom tempo. Logo quando entrei no UFC eu sabia que ia precisar muito disso, e não só naquele momento", explica.

"A minha desculpa foi profissional, mas, na verdade, de forma geral, a gente precisa. Além da análise pessoal, tenho uma consulta com psicoterapeuta esportivo. Existem técnicas pra gente se modular emocionalmente, mas acho que o mais importante é o processo de autoconhecimento", analisa.

"Saber se regular, entender no que investir a energia, o que é uma sabotagem e o que não é. Essa busca é fundamental pra se modular emocionalmente", completa.

Virna do passado, Carcará de hoje

Nessa caminhada, a baiana sente que seu estilo amadureceu. "Eu acho que meu estilo se aperfeiçoou, que eu encontrei a minha forma de expressar melhor ali dentro, de forma geral, no MMA", opina.

"Eu não vou dizer que mudou, mas que se aperfeiçoou. Ainda estou em evolução, a gente sempre está em evolução, mas acho que encontrei um bom ponto de expressão", diz Virna sobre o próprio rendimento.

Questionada sobre o que diria à Virna que enfrentou Mackenzie em 2020, ela responde que não diria nada: "Eu não sei se eu aconselharia, não, porque foi tudo aquilo que me construiu até aqui, inclusive aquela derrota. Eu acho que eu falaria 'calma'", diz.

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"Logo depois que a Virna lutou com a Mackenzie, eu diria "calma e continue". Ou talvez não dissesse nada, porque no final eu chorei meus prantos, me despedacei, depois melhorei. Eu acho que eu me faria um carinho. Eu me abraçaria. Isso eu faria: me abraçaria", afirma.

No auge da carreira, Virna afirma que seu maior orgulho é a própria trajetória. "Definitivamente, a minha trajetória. Não tem um ponto específico. Acho que é a minha perseverança, a minha resiliência, não ter desistido mesmo quando as coisas ficaram ruins. Meu orgulho é disso: da minha força e da minha resiliência", diz.

O sonho do cinturão

Com cinco vitórias consecutivas e ocupando o topo do ranking, Virna chega à disputa com confiança e gratidão. "Voltando lá atrás e vendo a minha trajetória como um todo, é muito significativo pra mim estar aqui hoje, em Abu Dhabi", relembra.

"Foi algo que eu sempre busquei, que eu sempre ambicionei, que eu sempre falei que queria e que ia chegar ali. Sempre tive muita fé nisso, e a minha equipe também, que sempre acreditou em mim. Nós acreditamos uns nos outros", conta.

A boa fase de Virna a levou, inclusive, ao caminho da disputa do cinturão, sonho de todo lutador de MMA. o cumprimento de algo que você prometeu pra si mesmo. E não só isso, é uma forma de confirmação", explica.

"O cinturão não é o que legitima sua história, mas dá um gostinho a mais, sabe? A cereja do bolo. E fora a representação que tem pra gente enquanto povo brasileiro, enquanto mulher nordestina, de Serrinha, do interior da Bahia", comemora.

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"Embora seja um projeto individual, acaba que se torna uma coisa coletiva. É muito simbólico pra mim e sei que pra muita gente também", finaliza.

O cinturão, atualmente vago após Zhang Weili subir de categoria, não muda a motivação da baiana. "Estou muito motivada. Eu nunca ambicionei lutar escolhendo nomes. Eu nunca escolhi um nome pra lutar", diz.

"O que eu queria era chegar no topo da categoria e me tornar campeã. Então, independente da circunstância ou de quem seja, acredito que isso não tem tanta relevância pra mim", completa.

Vai ter revanche?

Sobre a revanche, Virna prefere o mistério. "A galera tem que assistir pra saber (como vai ser)", brinca. "Mas eu acho que vai ser uma grande luta. Isso eu tenho certeza. Estou esperando uma luta bastante disputada também, então é uma luta que vale a pena assistir", garante.

Mesmo focada na disputa do cinturão, Virna não deixa de olhar para possíveis futuros desafios, inclusive um encontro com Zhang Weili. "Lógico que um passo de cada vez. Eu jogo na mão do universo: se for pra acontecer, vai acontecer", diz.

"Eu acho que seria interessante porque ela foi uma campeã muito dominante na nossa categoria. Seria um grande desafio, e acho que me expandiria bastante", comenta sobre a antiga dona do cinturão.

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O próximo passo, agora, é subir no ringue de Abu Dhabi, com o apoio de todo o Brasil e de todos os baianos que torcem por ela. "Quero agradecer a todo mundo que tem me mandado mensagem, energia positiva. Agradecer pelo carinho, pelas orações, por tudo", agradece.

"Eu acredito muito que tudo isso nos alcança. Então, muito obrigada, galera. Assistam, vai valer muito a pena. Pode ter certeza que eu vou me entregar lá dentro, vou entregar o melhor de mim, na minha melhor expressão", finaliza.

FICHA DA LUTADORA

  • Nome: Virna Jandiroba
  • Idade: 36 anos
  • Natural de: Serrinha (BA)
  • Altura: 1,63 m
  • Categoria: Peso-palha (até 52,1 kg)
  • Equipe: Fight House / Team Velame
  • Cartel: 19 vitórias, 4 derrotas
  • Estreia no UFC: 2019

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