ESPORTES
Árbitra é agredida com soco no rosto durante jogo e comove com relato
Confusão começou após expulsão de técnico e terminou em agressões

Por Lucas Vilas Boas

A árbitra assistente Sara Almeida foi vítima de agressão física durante uma partida amadora realizada em Tocantinópolis, no norte do Tocantins, na última terça-feira, 11. A confusão aconteceu durante um jogo entre Boca Júnior e Caribe, válido pela Copa Máster 40+, no estádio Lauro Assunção.
De acordo com a Polícia Militar, o tumulto começou após a expulsão do técnico do Boca Júnior, de 46 anos, que não aceitou a decisão e agrediu o árbitro principal com um tapa no rosto. Ao tentar conter a situação, Sara Almeida acabou sendo atingida com um soco. Uma funcionária da Secretaria de Esportes, que também tentou intervir, foi agredida.

Os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil com lesões aparentes. As vítimas informaram à PM que pretendem representar criminalmente contra o agressor, que se comprometeu a comparecer ao Juizado Especial Criminal (JECRIM) quando for intimado.
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"Muito abalada", Sara se pronunciou nas redes sociais após o episódio e agradeceu às mensagens de apoio.
“Ainda estou muito abalada com o ocorrido. Meu psicológico está fragilizado e a tristeza é grande. Amo o que faço, sou apaixonada pela arbitragem e essa foi a primeira vez que passei por algo assim. Nunca imaginei viver uma situação de agressão dentro de campo, justamente no lugar onde sempre procurei exercer meu trabalho com respeito e dedicação. Obrigada a todos que estão comigo nesse momento difícil”, escreveu.
A Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol do Tocantins (CEAF-TO), da qual a bandeirinha já fez parte, repudiou as agressões em carta aberta, prestando solidariedade à equipe de arbitragem envolvida.
Veja a nota oficial na íntegra
"Não é de hoje que tratamos desse assunto, VIOLÊNCIA nos campos de futebol, especificamente contra prestadores de serviço de arbitragem e, ainda mais especificamente, contra árbitros de futebol.
Alegações de que tais agressões são motivadas por fatores culturais, educacionais ou pessoais não satisfazem os agredidos e seus familiares, não trazem o amor próprio de volta, então temos que tratar diretamente dos impactos causados por tais “covardes, bandidos”, travestidos de atletas, valentões que investem para cima de pessoas que aqui são autoridades, árbitros, incumbidos pela organização do evento e regras do jogo, que neste momento não cabe julgar se tomaram ou não decisões equivocadas. Este julgamento não é, e não deve ser, do serviço prestado, e sim na esfera civil e criminal.
A covardia e a omissão são igualmente reprováveis daqueles que, podendo agir para suprimir ou evitar tais agressões, não o fizeram, se calaram."
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