BRASILEIRÃO
Bahia vence Bragantino, entra no G-6 e quebra tabu de 35 anos
Após expulsão de Hurtado aos 10 minutos do primeiro tempo, Tricolor de Aço tomou conta do jogo e vai para a pausa do Super Mundial no G-6 da Série A
Por Téo Mazzoni

No último jogo do primeiro semestre da temporada, antes da parada para o Super Mundial de Clubes, o Bahia aproveitou a expulsão de um jogador do Red Bull Bragantino no início da partida, e somou três pontos na tabela de classificação. A equipe comandada por Rogério Ceni venceu o jogo por 3 a 0, com gols marcados por Luciano Juba, Guilherme Lopes (contra) e Michel Araújo.
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Com o resultado, o Tricolor de Aço voltou a zona de classificação à Libertadores. O Esquadrão agora ocupa a 5ª posição do certame, com 21 pontos conquistados, a apenas três pontos do líder Flamengo, que não joga na rodada devido a disputa do Mundial de Clubes.
O jogo
Com apenas dez minutos da primeira etapa, o Bahia ficou com um a mais em campo. Após pequena lambança na defesa do Red Bull Bragantino, a bola sobrou limpa para Ademir avançar em direção ao gol, mas o camisa 7 tricolor foi derrubado por Andrés Hurtado. No campo, o árbitro Lucas Paulo Torezin mandou o lance seguir, mas após recomendação do VAR, o juiz foi à telinha na beira do gramado, e depois de análise minuciosa, advertiu o jogador do Braga com cartão vermelho.
Sem muita criatividade ofensiva, bastou o Bahia criar uma grande jogada de perigo para abrir o placar do jogo. Aos 39 minutos do primeiro tempo, uma tabela envolvente entre Luciano Juba e Willian José — que, como um “camisa 9 de ofício”, fez o pivô —, resultou na devolução da bola para o lateral-esquerdo, que com calma, cara a cara com Cleiton, mandou a bola para o fundo da rede adversária. Um a zero Bahia na reta final da etapa inicial.
Embalado após abrir o placar, o Esquadrão quase ampliou na reta final do primeiro tempo. Já nos acréscimos, a equipe comandada por Rogério Ceni “brincou de trocar passes dentro da área adversária”, e acabou perdendo uma grande chance. Em uma belíssima jogada que envolveu Willian José, Ademir, Luciano Juba, e Willian José novamente, a bola ficou com Jean Lucas, que não finalizou bem e perdeu a oportunidade de ampliar o marcador.
No entanto, apesar do preciosismo no lance anterior, o gol não fez falta. Isso porque poucos minutos depois, o Bahia marcou o segundo tento do jogo. O atacante Willian José — novamente ele — encontrou Éverton Ribeiro na infiltração, e o camisa 10 finalizou no peito do goleiro Cleiton, mas após “bate e rebate”, a bola bateu na defesa do Red Bull Bragantino e foi parar no fundo da rede. Final do primeiro tempo, dois a zero Tricolor de Aço e um jogador a mais.
No segundo tempo, a partida começou mais agitada. Logo nos primeiros minutos, o Red Bull Bragantino — com um jogador a menos desde os dez minutos da etapa inicial — quase diminuiu o placar após cobrança de falta. Em cobrança direta de Jhon Jhon, a bola desviou na barreira e quase “matou” Marcos Felipe, mas a bola acabou indo para fora. Já aos 15 minutos, foi a vez de Isidro Pitta tentar diminuir o marcador. O paraguaio recebeu a bola próximo a entrada da área, girou o corpo, ajeitou e chutou com perigo contra a meta defendida por Marcos Felipe.
Apesar do bom começo de segunda etapa do Red Bull Bragantino, a ausência de um jogador em campo pesou para a equipe paulista, e sem muita dificuldade, o Bahia marcou o terceiro gol do jogo. Erick Pulga recebeu no lado do campo e tocou para Michel Araújo na área intermediária, e bastou o camisa 15 ajeitar a bola e mandar um belo chute para o fundo do gol.
Fim de tabu
Após 35 anos, o Bahia finalmente venceu o Bragantino em Bragança Paulista. Historicamente, jogar em Bragança Paulista, mais especificamente no Nabi Abi Chedid, ou melhor, o “Nabizão”, sempre foi uma “pedra” na chuteira do Esquadrão.
No entanto, como a partida foi realizada no Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, uma vez que o antigo estádio do Braga será demolido para a construção de uma nova arena, o Tricolor de Aço aproveitou a oportunidade e pôs um ponto final no incômodo jejum, que durava 17 partidas.
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