VIOLÊNCIA NO FUTEBOL
Briga entre torcidas em estádio deixa quase 60 feridos
Confronto com facas e invasão de campo marcam título do Atlético Nacional

Por Redação e AFP

A final da Copa Colômbia, disputada na noite de quarta-feira, terminou marcada por cenas de violência que chocaram o futebol colombiano. O clássico entre Atlético Nacional e Independiente Medellín, realizado no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, acabou com confrontos generalizados entre torcedores, deixando ao menos 59 pessoas feridas, segundo informações divulgadas pelas autoridades nesta quinta-feira, 18.
Dentro de campo, o Atlético Nacional venceu por 1 a 0 e confirmou o título após o empate sem gols no jogo de ida, disputado no último sábado, 13. Fora das quatro linhas, porém, o cenário foi de caos. Imagens que circularam nas redes sociais mostram dezenas de torcedores invadindo o gramado, arremessando objetos uns contra os outros. Alguns deles portavam facas.
Diante da confusão, o esquadrão antidistúrbios precisou intervir para conter a situação. De acordo com o secretário de Segurança de Medellín, Manuel Villa, 52 pessoas receberam atendimento médico, enquanto a polícia informou que sete agentes ficaram feridos durante os confrontos.
Em um vídeo divulgado posteriormente, Villa afirmou que as autoridades trabalham para identificar os envolvidos por meio de imagens de câmeras de segurança. Caso sejam detidos, os suspeitos poderão responder pelos crimes de "agressão" e "dano ao patrimônio público".
Leia Também:
A violência também atingiu profissionais da imprensa. Emissoras de televisão denunciaram agressões contra jornalistas e funcionários. A Win Sports, detentora dos direitos de transmissão do torneio, informou em nota que foi obrigada a interromper a cobertura ao vivo após torcedores “atacarem” seus equipamentos técnicos.
Por conta dos incidentes, a cerimônia de premiação não pôde ser realizada como previsto. Após o estádio ser esvaziado, o Atlético Nacional recebeu a taça sem a presença de público, conforme relataram veículos da imprensa local.
“O que deveria ter sido uma festa terminou com arquibancadas vazias”, lamentou a División Mayor (Dimayor), entidade responsável pela organização do futebol colombiano, em publicação feita na rede social X.
O prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez, também se manifestou e classificou os responsáveis pelos distúrbios como “criminosos”.
Casos de violência seguem sendo um problema recorrente no país. De acordo com investigações independentes, ao menos 150 torcedores morreram em episódios ligados ao futebol colombiano desde 2008, em um contexto marcado pela ausência de dados oficiais consolidados.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



