DECISÃO
Bruno Henrique no STJD: veja possíveis desfechos para o atacante
Atacante do Flamengo pode ser absolvido, ter pena reduzida ou suspenso

Por Redação

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, terá seu julgamento nesta quinta-feira, 13, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), acusado de forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores na temporada de 2023. A sessão do plenário havia sido adiada no início da semana após um dos auditores pedir vista do processo.
A denúncia contra Bruno Henrique foi feita pelo Ministério Público do Distrito Federal em junho, envolvendo também seu irmão, Wander Nunes Pinto, e mais sete pessoas.
Segundo a acusação, o atleta teria avisado ao irmão que receberia um cartão amarelo na partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na ocasião, Bruno Henrique estava pendurado com dois cartões no Brasileirão.
As suspeitas surgiram após apostas realizadas por Wander, sua esposa, uma prima e amigos, chamarem atenção das casas de apostas pelo volume investido no cartão do atacante. Mensagens extraídas do celular do irmão de Bruno Henrique serviram como base para a denúncia. A investigação da Polícia Federal teve início em agosto de 2023, com buscas realizadas em novembro, e culminou no indiciamento do jogador e demais suspeitos em abril deste ano.
No julgamento anterior, o relator Sergio Furtado Filho já havia votado pela absolvição de Bruno Henrique quanto ao artigo 243-A, que prevê punição de até 12 jogos, mas pediu punição ao jogador pelo artigo 191, com multa de R$ 100 mil, sem suspensão em jogos. Após a argumentação, o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista do processo, levando ao adiamento da sessão, que agora está remarcada para esta quinta-feira, com pauta única.
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O cenário para Bruno Henrique pode resultar em quatro desfechos possíveis: absolvição, redução da pena, manutenção da suspensão de 12 jogos ou aumento da duração do gancho em partidas.
O advogado do Flamengo, Michel Assef, demonstrou otimismo quanto ao julgamento e reforçou que não houve manipulação dentro da partida. “No mérito, o relator entendeu de afastar a aplicação dos artigos 243 e 243-A e aplicar o artigo 191, que era uma das teses subsidiárias da defesa, apesar de a defesa entender que era caso de absolvição, porque enfrenta, inclusive, essa questão referente à informação privilegiada".
Mas, como a gente já vinha dizendo desde o primeiro julgamento, o que o CBJD entende como grave é uma manipulação dentro do jogo, ou seja, algo artificial que venha para dentro da partida. Ficou muito claro aqui que isso não aconteceu, nada artificial foi praticado para favorecer alguém fora. Isso está afastado, foi nesse sentido o voto do relator, apesar da reprimenda, de entender que houve uma questão disciplinar. Vamos aguardar agora o resultado, o voto da vista e a continuação do julgamento”, afirmou Assef.
Com o julgamento marcado, o desfecho será decisivo para o atacante do Flamengo, que pode ter sua carreira impactada dependendo da decisão do STJD sobre a acusação de favorecimento de apostas.
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