TÊNIS
João Fonseca no top 30 da ATP: obrigações e possíveis punições
Fonseca se torna commitment player e terá regras rigorosas e bônus milionário

Por Redação

João Fonseca, de 19 anos, alcançou um marco histórico no tênis brasileiro ao garantir um lugar no top 30 do ranking mundial da ATP ao fim desta temporada. Atual número 24, o jovem prodígio passará, em 2026, a integrar o seleto grupo de commitment players — jogadores que, de acordo com o regulamento da ATP, têm obrigações específicas e recebem bônus milionários pelo cumprimento de seu calendário.
De acordo com as regras da entidade, os 30 primeiros do ranking devem disputar oito dos nove torneios da série Masters 1000, com exceção de Monte Carlo, e cinco torneios com selo ATP 500, sendo que um destes precisa ocorrer após o US Open.
Quem não cumpre essas exigências sofre punições como perda de pontos e multas, exceto em casos de justificativa médica ou pessoal. A ATP distribui cerca de 21 milhões de dólares (R$ 111 milhões) em bônus aos top 30, de acordo com os pontos conquistados nos Masters 1000, além de garantir entrada direta em chave de ATP 500 independentemente do ranking.
Em 2025, Fonseca disputou seis Masters 1000 — Indian Wells, Miami, Madri, Roma, Toronto, Cincinnati e Paris — e três ATP 500 — Rio de Janeiro, Halle e Basileia —, ficando abaixo do mínimo exigido para um top 30.
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Para 2026, ele e sua equipe planejam um calendário estratégico, já com dois torneios confirmados: o ATP 250 de Adelaide, entre 6 e 11 de janeiro, preparatório para o Aberto da Austrália, e o ATP 500 do Rio de Janeiro, na sua cidade natal, de 14 a 22 de fevereiro.
João Fonseca está em posição de destaque na história do tênis masculino brasileiro. Com a 24ª posição atual, ele igualou a marca de Thomaz Koch (1974), superou o 25º lugar de Fernando Meligeni (1999) e ficou atrás apenas de Gustavo Kuerten, campeão mundial em 2000, e de Thomaz Bellucci, que atingiu o 21º posto em 2010. Originalmente, Fonseca havia projetado terminar o ano entre os 40 melhores, já tendo superado suas expectativas.
Apesar de não disputar mais torneios em 2025, o número 1 do Brasil ainda terá um compromisso de exibição importante: enfrentará o atual líder do ranking, Carlos Alcaraz, em 8 de dezembro, em Miami (EUA).
"Falo muito com o Ney. A verdade é que tenho uma ótima relação com ele. Somos amigos. Estamos sempre em contato, mas ele está no clube dele, temos que respeitar os outros clubes, as decisões dos outros jogadores, então não posso falar muito. Vamos esperá-lo se ele quiser (risos)", brincou Paredes.
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