Queda de minutos, vaias e números baixos: o 2025 de Cauly no Bahia

No Bahia desde 2023, o meio-campista Cauly viveu sua pior temporada — em termos de gols e assistências — neste ano. Considerado uma das principais lideranças técnicas do elenco tricolor, o camisa 8 apresentou desempenho abaixo do mostrado nos anos anteriores.

Em 2025, Cauly marcou quatro gols e distribuiu cinco assistências em 63 jogos, totalizando dez participações em gols ao longo da temporada.

Comparando com as temporadas anteriores, os números são considerados baixos. Em 2023, o camisa 8 balançou as redes 10 vezes e deu nove assistências em 47 partidas; já em 2024, marcou nove gols e contribuiu com nove passes para gol em 62 jogos, somando 19 e 18 participações em gols, respectivamente. O jogador terminou como o terceiro maior artilheiro do Bahia em ambos os anos.

No entanto, é importante destacar um ponto relevante sobre 2025: embora tenha sido o jogador que mais vestiu a camisa do Bahia neste ano, Cauly teve menos minutos em campo do que nas temporadas anteriores, quando disputou menos partidas.

Com 2.831 minutos jogados em 2025, o meio-campista figura apenas como o décimo terceiro atleta do Bahia com mais tempo em campo na temporada. Em 2023 e 2024, Cauly havia atuado por 3.679 e 4.476 minutos, respectivamente. Vale lembrar que, nesta temporada, o jogador ficou fora de três jogos consecutivos pela primeira vez em sua trajetória no Esquadrão.

Números de Cauly no Bahia:

• 2025: 63 jogos | 2.831 minutos | 4 gols | 5 assistências
• 2024: 62 jogos | 4.476 minutos | 9 gols | 9 assistências
• 2023: 47 jogos | 3.679 minutos | 10 gols | 9 assistências

Relação com a torcida

O ano de 2025 de Cauly foi mais conturbado que os anteriores. O camisa 8 virou alvo de críticas constantes da torcida azul, vermelha e branca, e o ápice da relação desgastada ocorreu entre o final de agosto e início de setembro.

O estopim aconteceu na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Fluminense. Titular do Bahia, o jogador viveu uma noite para esquecer na Arena Fonte Nova: ao ser substituído, foi vaiado por parte da torcida e reagiu, dirigindo-se diretamente ao vestiário, sem permanecer no banco de reservas.

Após o jogo, o técnico Rogério Ceni esclareceu que havia pedido para Cauly ir ao vestiário. Mesmo assim, a cena repercutiu negativamente entre os torcedores por algum tempo.

Nove dias depois, na final da Copa do Nordeste, Cauly desabafou ao Portal A TARDE durante a comemoração do pentacampeonato: “É chato ser vaiado principalmente num jogo tão importante, Copa do Brasil, mata-mata, o time estava bem, um jogo muito difícil. Na minha opinião, não se deve vaiar ninguém, então fiquei um pouco chateado”.

Eu sou um cara que normalmente não mostro muito minhas emoções, acho que isso acaba incomodando a torcida

No entanto, como diz o ditado, “depois da tempestade vem a calmaria”. Apesar de não ter repetido o desempenho das temporadas anteriores, Cauly e a torcida do Bahia fizeram “as pazes”, encerrando o ano com expectativa positiva para a próxima temporada.