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"Coisa mais positiva do dia": A estreia de Sanabria titular em números
O argentino Mateo Sanabria entrou em campo na Fonte Nova pela primeira vez contra o Cruzeiro

Por Marina Branco

Os onze iniciais do Bahia guardavam um novo nome contra o Cruzeiro - Mateo Sanabria, ponta que fez sua estreia como titular e primeiro jogo na Fonte Nova na última segunda-feira, 15. Depois de passar alguns minutos em campo após ser substituição na partida contra o Mirassol, o recém-chegado ganhou sua chance, e fez valer.
Citado pelo técnico Rogério Ceni na coletiva, Sanabria foi considerado a "coisa mais positiva do dia", após entregar uma apresentação que encheu o torcedor de esperança, se movimentando muito bem no ataque pelo lado esquerdo e acertando seis dos sete dribles que tentou.
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Foram 72 minutos em campo antes de ser substituído por Cauly, que deram a Sanabria a chance de se mostrar para a torcida tricolor. Nesse tempo, fez acontecer - foram 46 ações com a bola, buscando jogo e tentando ser opção para os outros jogadores.Nos passes, acertou 12 em 16 tentativas, alcançando um índice de 75% de aproveitamento.
"Adaptação (de Sanabria) ao sistema de jogo já melhorou bastante, mas na parte física ficou muito tempo parado, por isso pediu para sair. Usamos até o minuto que era possível, era o destaque do jogo", afirmou Ceni.
Sanabria nas quatro linhas
O ponto alto da atuação do argentino foi, sem dúvidas, a confiança para partir no mano a mano. Sanabria tentou oito dribles na partida, acertando sete e mostrando qualidade técnica para superar marcadores. Além disso, foi muito participativo nos embates físicos: entrou em 15 duelos pelo chão e venceu dez, desempenho expressivo em confrontos diretos. Já pelo alto, não teve impacto sem tentar disputar nenhuma bola.
A intensidade, no entanto, também veio acompanhada de falhas. Sanabria foi o jogador do Bahia que mais perdeu a bola, contando 17 vezes ao todo. Essa dificuldade de manter a posse mostra tanto a ousadia para arriscar quanto a necessidade de calibrar a tomada de decisão no último terço.
Além disso, o ponta cometeu duas faltas e sofreu três, estando presente em disputas físicas do início ao fim. Foi também flagrado em impedimento uma vez.

Na hora de finalizar, Sanabria foi mais discreto. Teve apenas um chute no gol, sem finalizações para fora ou chutes bloqueados. Já nos cruzamentos, buscou bastante a área: foram seis tentativas, com duas certas.
"Sofremos para dar peso na área diante das características que a gente tem, mas só o Sanabria fez sete, oito jogadas com possibilidade de cruzamento e gol", elogiou o treinador do Esquadrão.
Focando no ataque, setor de sua posição, Sanabria chegou a participar na defesa com uma interceptação, sem sofrer nenhum drible ao longo da partida e mantendo a postura sem a bola.
Primeira impressão é a que fica?
No balanço geral, Sanabria apresentou pontos muito promissores. O alto índice de dribles certos (7/8) e os duelos vencidos (10/15) mostram que pode ser uma peça valiosa em jogadas individuais e de enfrentamento direto.
Por outro lado, o baixo envolvimento em chances reais de gol somado às 17 perdas de posse reforça a necessidade de adaptação e maior sintonia com o setor ofensivo do Bahia. Com mais ritmo e entrosamento, o argentino tende a oferecer ao Esquadrão um recurso interessante para quebrar defesas, principalmente quando explorar sua intensidade física e confiança no mano a mano - essa última, mais que provada contra a Raposa.
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