VAI SER FÁCIL?
Conheça o O’Higgins, adversário do Bahia na pré-Libertadores de 2026
O clube chileno não disputa a Libertadores desde 2014 e foi o terceiro colocado na Liga Chilena de 2025

Por Marina Branco

O sonho está definido, o caminho está traçado, e o obstáculo já é conhecido - o Bahia já sabe quem terá pela frente na caminhada rumo à fase de grupos da Copa Libertadores de 2026. Sorteado na segunda fase preliminar, o Tricolor de Aço enfrentará o O'Higgins, do Chile, no primeiro confronto pela pré-Libertadores, no Estádio El Teniente.
Clube tradicional do país vizinho, o O'Higgins vive um momento de reconstrução e tenta voltar a se firmar no cenário continental, voltando à Libertadores pela primeira vez desde 2014.
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Fundado em 7 de abril de 1955, o Club Deportivo O’Higgins tem sede em Rancagua, a cerca de 90 quilômetros de Santiago. O clube nasceu da fusão entre o América de Rancagua e o Club O’Higgins Braden, e hoje disputa regularmente a primeira divisão chilena.
Como foi o ano de 2025 para o O'Higgins
O O'Higgins chega ao confronto com o Bahia após uma temporada 2025 de desempenho consistente no Campeonato Chileno. A equipe terminou a Liga Chilena na terceira colocação, com 30 jogos, 16 vitórias, 8 empates e 6 derrotas, além de 43 gols marcados e 34 sofridos.
Na Taça Chile, a campanha foi mais discreta - em seis partidas, venceu apenas uma vez, empatou três e perdeu duas, com saldo zerado de gols. No total do ano, o clube somou 36 jogos oficiais, com 17 vitórias, 11 empates e 8 derrotas.
Para o Bahia, o dado chama atenção principalmente pelo equilíbrio defensivo do adversário, que raramente sofre goleadas, mas também não se caracteriza como um time de ataque avassalador.
Retrospecto em casa
Jogando em Rancagua, o O'Higgins costuma se impor. Em 2025, a equipe construiu boa parte de sua pontuação atuando como mandante, com vitórias importantes na reta final do Campeonato Chileno, como os triunfos sobre Everton, Ñublense e Universidad Católica.
Apesar disso, o time também mostrou vulnerabilidades em casa, com derrotas para Universidad de Chile e Coquimbo Unido, o que indica que não se trata de um estádio matador - principalmente diante de um Bahia que decidirá a vaga na Arena Fonte Nova, com o apoio da própria torcida.
Muita tradição, pouco presente
Embora seja um nome conhecido no Chile, o O'Higgins tem histórico limitado na Libertadores. O clube disputou o torneio quatro vezes, em 1979, 1980, 1984 e 2014, com a melhor campanha chegando às semifinais em uma dessas participações.

Desde então, no entanto, o time não conseguiu se firmar novamente na principal competição do continente, voltando pela primeira vez em 12 anos. Já na Copa Sul-Americana, o O'Higgins teve presenças pontuais, incluindo a classificação para a Copa Conmebol de 1992, mas sem campanhas de grande destaque internacional.
Esse contraste pesa a favor do Bahia, que vive um momento de retomada continental e chega à pré-Libertadores com elenco mais valorizado, maior investimento e maior rodagem recente em competições da Conmebol, tendo disputado a pré-Liberta, a fase de grupos da Libertadores e os play-offs da Sul-Americana no ano passado.
Títulos
Apesar da presença modesta fora do Chile, o O’Higgins tem conquistas relevantes no cenário nacional. O principal título é o Campeonato Chileno de 2013-A, além da Supercopa do Chile de 2014. O clube também soma títulos da segunda divisão, o que reforça sua trajetória marcada por altos e baixos.
O que isso significa para o Bahia?
Para o Bahia, o duelo contra o O’Higgins representa um teste de maturidade na caminhada rumo à fase de grupos da Libertadores. Mesmo sem grande protagonismo recente no continente, o clube chileno traz a tradição de quem já chegou longe na competição, ainda que possa ser superado sem grandes dificuldades hoje em dia.
Com a vantagem de decidir em casa, na Arena Fonte Nova, e diante de um adversário que não disputa a Libertadores desde 2014, o Tricolor entra como favorito, mas ciente de que a pré-Libertadores costuma punir qualquer margem de erro.
A "sentença" é clara - não é impossível, e nem a missão mais difícil que o Bahia já recebeu ou poderia ter recebido, mas precisa ser levada a sério se o Esquadrão quiser se classificar sem sufocos.
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