FUTEBOL ARGENTINO
Crise sem precedentes: Boca Juniors vive pior jejum de sua história
Pior série sem vencer da história, afastamentos no elenco e pressão sobre Riquelme rondam o clube
Por Redação

Sem vencer há 103 dias, o Boca Juniors vive a pior sequência de sua história. A última derrota, diante do Huracán, no último domingo, aprofundou ainda mais a crise no clube argentino, que já acumula 11 jogos consecutivos sem vitórias — superando os jejuns de 1957 e 2021, que chegaram a 10 partidas.
Fora das competições continentais e nacionais, o Boca só volta a campo no dia 9 de agosto, quando enfrentará o Racing. Até lá, o clima interno segue conturbado. Uma discussão entre o zagueiro Marcos Rojo e o técnico Miguel Ángel Russo culminou no afastamento do jogador do elenco. Aos 35 anos, Rojo pode reforçar o Estudiantes, rival direto no Campeonato Argentino.
Além dele, outros dois jogadores foram afastados: o lateral-esquerdo Marcelo Saracchi, de 27 anos, contratado por 1,8 milhão de euros em 2023, e o zagueiro Cristian Lema, também de 35. A decisão do departamento de futebol ocorre poucos dias após a eliminação na Copa Argentina, no dia 23 de julho, quando o time caiu para o Atlético Tucumán antes mesmo das oitavas de final.
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Com eliminações sucessivas na pré-Libertadores — diante do Alianza Lima em plena Bombonera —, nas quartas do Torneio Apertura e na fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes, em empate vexatório por 1 a 1 com o semiprofissional Auckland City, a equipe xeneize tem agora apenas o Torneio Clausura como disputa até o fim da temporada.
A má fase dentro de campo tem reflexos diretos nos bastidores. Ídolo do clube e atual presidente, Juan Román Riquelme vive um momento de forte pressão, com protestos de torcedores e cobranças por mudanças profundas. Segundo os jornais Olé e TyC Sports, Riquelme avalia a dissolução do atual conselho de futebol do Boca Juniors.
Caso a decisão se confirme, deixarão o clube figuras próximas ao presidente, como Mauricio Serna, Raúl Cascini e Marcelo Delgado. Nenhum deles deve ser realocado em outras funções. A ideia de Riquelme é assumir um papel mais próximo nas decisões do futebol e, para isso, estuda a contratação de um "manager", que atuaria como gestor técnico do departamento.
Apesar da turbulência, o presidente descarta uma mudança na comissão técnica. Miguel Ángel Russo segue no cargo, já que, na avaliação de Riquelme, o principal problema está no elenco, considerado pouco competitivo para os objetivos do clube.
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