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Do povo, o clamor: a festa para o Bahia no aeroporto rumo à Colômbia
Como foi a festa que recepcionou o elenco Tricolor para o embarque rumo à Colômbia contra o Atlético Nacional
Por Marina Branco e João Grassi

Volta e meia, o aeroporto de Salvador se pinta de tricolor. Com bandeirões voando, gritos de força e lágrimas de amor, a torcida do pioneiro do Brasil na Libertadores vai até onde pode ir com seu time rumo aos desafios internacionais, deixando pelo caminho uma festa das mais bonitas, e a certeza de que, mesmo longe de casa, o Bahia nunca estará sozinho.
Foi assim quando o time viajou para a Bolívia contra o The Strongest, na pré-Libertadores, e foi assim novamente nesta segunda-feira, 12, quando a delegação desceu do ônibus rumo à Colômbia para enfrentar o Atlético Nacional e lutar pela vaga no mata-mata da competição.
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Ao som de gritos, tambores e do clássico “vai perceber que o Bahêa é, um time a mais de mil, e meu amor pelo Esquadrão, é o maior que já se viu”, o Bahia foi à Colômbia rodeado de garra, torcida, fé e amor. Foram quase 400 torcedores atendendo ao chamado para colorir a área de entrada dos jogadores de vermelho, azul e branco, guardados atrás de faixas da “torcida que ganha jogo”.

Entre eles, um se destacava. Sentado nos ombros do pai com uma camisa do Bahia de número 10, Miguel Cavalcante, de apenas oito anos, assistia à festa e se tornava parte dela. Hoje, nem mesmo para a escola ele foi, priorizando o apoio ao time que ama acima de qualquer coisa.
Na história de Miguel, a paixão veio de berço - o “pivete de aço” foi ensinado por seu pai, Janderson Cavalcante, a amar o Bahia acima de tudo, e viver os momentos mais importantes do time ao lado dele desde o primeiro evento no aeroporto antes da partida contra o The Strongest.

“Cara, eu não consigo explicar, é emocionante demais. Ele vê vídeos e vídeos da torcida organizada, carrega no peito. Eles só com 8 anos não conseguem imaginar. Eu com 30 anos vi o Bahia quase acabando, salário atrasado, devendo a funcionários e tudo. E é muito gratificante ser Bahia, é isso, ser Bahia, futebol traz isso. É amor, é paixão. E ser Bahia é gratificante demais”, se emocionou o pai do pequeno.
Se a tarde já seria inesquecível para a dupla por si só, o destino e Rogério Ceni quiseram tornar tudo ainda mais especial. Descendo ovacionado do ônibus, o professor do Bahia percebeu a presença de Miguel destacado na multidão, pedindo para tocar em suas mãos.

Ceni foi até ele, e não só segurou as mãos do pequeno, como o carregou no colo ao som de comemorações da torcida. No colo do técnico, Miguel chorou, abraçou e passou forças para o time que joga nesta quarta-feira, 14.
De volta aos braços do pai, a voz chorosa só conseguia dizer que achou o abraço “muito emocionante”. Agora, o Bahia viaja para Medellín, na Colômbia, com a torcida e as expectativas do pequeno fã de Caio Alexandre, que apostou em um placar de 3 a 1 com gols de Erick Pulga, Lucho Rodríguez e Everton Ribeiro.
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