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Ceni e suas justificativas: o que explica os momentos ruins do Bahia?
Treinador é alvo de críticas da torcida pela má fase da equipe na temporada
Por João Grassi | Portal MASSA!
O returno do Bahia no Campeonato Brasileiro tem sido um verdadeiro pesadelo para os torcedores, que acompanham o time despencar de produção e ter uma queda livre na tabela de classificação. A massa tricolor aponta Rogério Ceni como um dos principais culpados pelo mau rendimento na segunda metade da competição, mas o técnico já tratou de 'tirar o dele da reta' em muitos momentos de insucesso da equipe em 2024.
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Por isso, o Portal MASSA! separou uma série de diferentes justificativas dadas pelo comandante para os resultados negativos dentro de campo, que vão de reclamações em torno das próprias atitudes dos jogadores a fatores relacionados ao mercado de transferências e até questões sobre a Arena Fonte Nova.
Falta de meio-campistas no elenco
Após a derrota por 3 a 2 no primeiro Ba-Vi das finais do Campeonato Baiano, Rogério Ceni disse em entrevista que não tinha peças o suficiente para manter o mesmo estilo de jogo durante 90 minutos. À época, o técnico sofreu críticas devido às substituições que fez no segundo tempo, e deu a seguinte explicação:
"Não temos as trocas necessárias para o modelo de jogo no meio-campo. Temos as trocas para o ataque. (...) Dentro do modelo de jogo que a gente construiu, muito bem treinado, futebol prazeroso de se ver, em determinado minuto, quando o cansaço bate, a gente sofre mais que o normal", justificou.
Gramado da Arena Fonte Nova
Depois do primeiro revés do Bahia como mandante no Campeonato Brasileiro, Rogério fez duras críticas ao gramado da Arena Fonte Nova. Bastante incomodado, o técnico chegou a dizer que era melhor a grama natural ser substituída por uma sintética.
"Hoje o maior motivo, primeiro, mais uma vez falar aqui, qualidade do gramado, a gente passa oito nove dias fora, não melhora absolutamente nada. Nem água eles têm capacidade de colocar para a bola rolar o mais rápido possível. Repito, um gramado que não tem a mínima condição. É preferível ter um gramado sintético do que jogar neste gramado aqui. É triste ter que falar isso", lamentou.
"O problema é que são dez jogos e tentamos o máximo ter jogadores com condições físicas, sabíamos que era um jogo de muita força do Cuiabá, jogou no sábado. Jogamos domingo, viajamos, jogamos na quarta, viajamos, passamos a madrugada, viemos hoje jogar aqui com 67 horas de diferença. Sei que pode parecer que estamos justificando, mas a fisiologia cobra, não tem jeito", disse o comandante na época.
Postura dos jogadores em campo
Já no returno da Série A, na reta final da temporada, o Bahia foi até São Januário e teve uma atuação decepcionante diante do Vasco da Gama, onde sofreu três gols ainda no primeiro tempo e conseguiu apenas diminuir para 3 a 2. Para o técnico, o maior problema do time não foi tático, mas sim a postura inadequada dos atletas.
"Jogar bem ou jogar mal, faz parte do jogo. Perder ou ganhar, infelizmente, faz parte do jogo, mas o que falo para vocês é sobre a maneira que a gente se posta em campo, um time que jogou tantas vezes e conseguiu tantos bons resultados para a gente se postar dessa maneira é longe de ser aceitável a primeira parte do jogo. Tudo tem o seu limite", cobrou.
Falta de confiança
A mais recente das explicações de Rogério Ceni foi após a derrota para o São Paulo, quando o Tricolor foi goleado por 3 a 0 em plena Arena Fonte Nova. A partida ficou marcada por uma falha grave do goleiro Marcos Felipe, que o técnico atribuiu, junto com outros erros, a uma perda de confiança dos jogadores.
"O que fazia a gente vencer os jogos era que a gente minimizava esses erros. Acho que isso é muito relacionada à perda de confiança que tivemos no últimos mês, com resultados negativos. Hoje a gente tinha tudo para reverter isso, mas não conseguimos controlar o jogo", justificou.
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