NÃO CONCORDA
Ex-técnico do Vitória diz que Ancelotti não devia treinar o Brasil
Antonio Lopes acredita que o caminho para o hexa precisa ser feito com um técnico brasileiro

Por Marina Branco

Todo brasileiro sonha com o hexa, cada um com suas opiniões sobre como chegar até lá. Para Antonio Lopes, ex-técnico do Vitória em 2010 e 2011, o caminho que vem se desenhando não é o ideal para conquistar a Copa do Mundo, e o motivo tem nome e sobrenome - Carlo Ancelotti.
Multicampeão e coordenador do penta em 2002, o ex-treinador não acredita que Ancelotti deveria ter sido escolhido para um cargo que, segundo ele, deveria permanecer com profissionais do país, como explicou em entrevista ao quadro Área Técnica do Globo Esporte.
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"Não devia ter contratado esse treinador. O Brasil foi pentacampeão com cinco treinadores brasileiros. Por que vai botar um treinador estrangeiro? Então, o erro foi aí. Não tenho nada contra esse treinador. Mas eu acho que não devia. Um erro da diretoria e do presidente", opinou.
Ao reforçar o argumento, Lopes questionou o currículo do italiano no contexto de seleções nacionais: "Ele é italiano, né? Ele já foi técnico da seleção da Itália? Não foi. Então, alguma coisa tem de errado aí. Se o cara não foi treinador da seleção italiana, da seleção do seu país... então, eu acho que tinha que ser um treinador brasileiro".
Em sua carreira, Ancelotti treinou onze clubes, passando por Reggiana entre 1995 e 1996, Parma de 1996 a 1998, Juventus de 1999 a 2001, Milan de 2001 a 2009, Chelsea de 2009 a 2011, Paris Saint-Germain entre 2011 e 2013, Bayern de Munique em 2016 e 2017, Napoli em 2018 e 2019, Everton de 2019 a 2021 e Real Madrid entre 2013 e 2015 e de 2021 a 2025, quando chegou à Seleção Brasileira.
Lopes também avaliou que o grupo atual “pode crescer com o tempo”, citando Vini Jr. e outros nomes em ascensão, mas manteve a crítica à decisão pelo comando estrangeiro como ponto de partida dos erros recentes.
Quem é Antonio Carlos?
O ex-Vitória treinou Vasco, Internacional, Corinthians, Fluminense, Flamengo, Santos, Cruzeiro, Grêmio, Sport e Atlhetico-PR, além de ter integrado a comissão técnica da Seleção na Copa de 2002.
No futebol brasileiro, venceu os maiores títulos, tendo dois Brasileirões (1997 e 2005), uma Copa do Brasil (1992) e uma Libertadores (1998). Pelo Vitória, passou em 2010 e 2011, sem conseguir impedir que o time fosse rebaixado nesse período. No Rubro-Negro, comandou 34 jogos, dos quais venceu 16, empatou dez e perdeu oito.
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