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SEGURANÇA

Fonte Nova inaugura sistema de 260 câmeras com IA e biometria facial

O novo centro de controle operacional tornou a Fonte o único estádio do país com cobertura completa em alta definição em toda a área de assentos

Por Marina Branco

08/07/2025 - 17:57 h
Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova
Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova -

Poucas coisas no mundo mexem tanto com o coração das pessoas quanto o futebol - em dia de jogo, os ânimos aflorados geram movimentações, confusões e a famosa “muvuca”, propícia para acidentes ou ações mal intencionadas. Na Fonte Nova, no entanto, o espaço para qualquer problema fora do campo está cada vez menor, com avanços na segurança, iluminação e monitoramento de todo o estádio.

No centro do estádio, está o que a gerente de operações Milena Andrade chama de “coração da Fonte” - o novo centro de controle operacional. Localizado na arquibancada superior e escondido atrás de vidros fumê, o CCO visualiza com tranquilidade todos os torcedores, dividindo sala com a narração e escolha de audiovisual para os telões do estádio, também com equipamentos modernizados após as melhorias feitas na pausa do Brasileirão.

Centro de Controle Operacional da Arena Fonte Nova
Centro de Controle Operacional da Arena Fonte Nova | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde
Sala de narração e audiovisual da Fonte Nova
Sala de narração e audiovisual da Fonte Nova | Foto: Marina Branco/Ag. A Tarde

Na sala, inúmeros telões transmitem as 260 câmeras de segurança, que com amplitude e movimentações mecânicas conseguem acessar todas as áreas dentro e fora do estádio. Até o final do ano, o número deve ainda ultrapassar 300 equipamentos, com nove supercâmeras entre eles, já funcionando nas arquibancadas com um zoom que identifica com nitidez cada rosto na multidão e tornando a Fonte o único estádio do país com cobertura completa em alta definição em toda a área de assentos.

“É daqui que a gente controla toda a parte da operação, tanto de um jogo como de um evento. O centro saiu de uma área diagonal e veio para uma área central, já muito mais moderno, dinâmico, com aumento da quantidade de câmeras e essa vista totalmente de paredão central”, explica Milena.

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“Os monitores ficam com a operação das câmeras, identificando tanto o torcedor que está entrando na Fonte Nova, quanto o torcedor que já entrou no espaço e está na sua circulação na arquibancada. A gente consegue identificar qualquer torcedor que esteja aqui, não com o objetivo de se divertir, mas com o objetivo de causar qualquer transtorno, para que ele possa ser identificado, conduzido para a delegacia e então tomar todas as providências cabíveis necessárias”, continua.

Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova
Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

É justamente assim que funciona o processo - a partir do momento que é identificado um problema, equipes de segurança especializadas já localizadas estrategicamente por toda a Fonte vão até o local. “Existe uma escala de níveis, onde em primeiro momento a segurança privada vai atuar, não tendo resultado, a gente passa para o segundo nível, que é o nível das forças públicas com a Polícia Militar”, explica Milena.

No centro, ficam atentos responsáveis da Fonte, do clube, da instituição envolvida, Polícia Civil, Polícia Militar, Transalvador, brigadistas e equipes médicas e de atendimento ao espectador. Além de cuidar da Fonte por dentro, as mesmas equipes têm acesso ao controle externo, com imagens das vias principais que dão acesso ao estádio, do acesso às catracas e entradas e saídas.

Uma vez gravadas, as imagens ficam armazenadas em backup, podendo ser utilizadas inclusive por órgãos públicos mediante requerimento oficial. É o que propicia, por exemplo, a parceria com a Secretaria de Segurança Pública, dando à Fonte também o acesso às câmeras da SSP nos entornos do estádio.

Milena Andrade, gerente de operações da Arena Fonte Nova
Milena Andrade, gerente de operações da Arena Fonte Nova | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

Fonte Nova inteligente

Mas não são só os olhos humanos que checam tudo que acontece por segundo - no sistema da Fonte, funcionam também inteligências artificiais integradas com o esquema de câmeras para identificar problemas assim que começarem a acontecer. É o que explica Bráulio Moura, gerente de TI da Fonte.

“As câmeras têm a inteligência para detectar situações como tumulto e invasões, sinalizando os operadores e seguranças, e registrando placas de carro e rostos. É como uma onda de calor, um movimento mais árduo”, explica.

Bráulio Moura, gerente de TI da Fonte Nova
Bráulio Moura, gerente de TI da Fonte Nova | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

“A IA já está gravando as imagens do comportamento do público, então ela toma aquilo como um padrão normal, e qualquer movimento que saia daquele padrão, ela demonstra como um indicativo. Então, se em um aglomerado há a abertura de espaço característica de brigas, ela vai detectando esse tipo de situação. Além disso, o operador vai ensinando, explicando a ela o que é uma briga, invasão, e o que não é, para refinar e fazer com que ela alarme situações de ocorrências graves”, completa.

É justamente esse segundo olhar humano que diferencia brigas reais de momentos de “brincadeiras” e descontração entre torcedores. Ao ser acionada, a equipe de segurança do setor vai ao local e nota a realidade da situação, se comunicando via rádio com as equipes do centro de controle.

Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova
Modernizações no sistema da Arena Fonte Nova | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

O mesmo serve para casos de emergência médica: “Qualquer problema médico que chega aqui, a gente direciona para os brigadistas, eles vão até o local, identificam, imobilizam, conduzem e levam para posto médico ambulância… aqui dentro (no centro) fica também a parte de central de alarme de incêndio, funcionando 24 horas por dia”.

Todo esse equipamento será inaugurado nesta quarta-feira, 9, na partida entre Bahia e Fortaleza pela Copa do Nordeste, com o centro agora funcionando no anel superior. O novo modelo seguirá em atuação definitiva, sendo usado também na estrutura para os jogos da Copa do Mundo feminina da Fifa, que acontecerá também em Salvador no ano de 2027.

Conhecendo os torcedores

O cuidado é para todos, e funciona para cada um. Desde a entrada na Fonte, cada torcedor tem seu rosto registrado pelo sistema de reconhecimento facial nas catracas, colocando nome e identidade na rede de inteligências artificiais da arena.

Com as bilheterias físicas fechadas para jogos e as compras dependendo completamente do reconhecimento facial, a Fonte consegue identificar e proteger mais efetivamente seus visitantes, podendo inclusive dar informes mais precisamente. Com um microfone instalado no centro de controle, é possível selecionar o setor que deve ouvir uma mensagem, e transmiti-la apenas nos auto-falantes daquela área, por exemplo.

Microfone de comunicação por arquibancada da Fonte Nova
Microfone de comunicação por arquibancada da Fonte Nova | Foto: Marina Branco/Ag. A Tarde

As câmeras de biometria facial funcionam de acordo com as exigências da Lei Geral do Esporte, que determinou a identificação por rosto em arenas com capacidade acima de 20 mil torcedores. Agora, as vendas acontecem apenas pelo site ou aplicativo da Ingresse, com cadastro biométrico no site da Fonte.

“Com esses televisores ligados, a gente consegue ver todo o mapa de catraca e o acesso da pessoa que está acessando a catraca em um momento. O dashboard vai contabilizando cada setor com a quantidade de público que está acessando, fazendo o controle de fluxo interno e externo”, detalha Milena.

Iluminação e gramado

As melhorias de segurança acompanham também a automação de cenografia e iluminação da Fonte, que une equipamentos e iluminações em LED implementadas no segundo semestre de 2025 no gramado, substituindo os refletores utilizados atualmente. Serão 400 projetores de última geração ampliando a vibração e o impacto visual no estádio, trazendo a automação dinâmica que sincroniza luzes, som e telão em cor, movimento e intensidade.

Outras melhorias passam pelo próprio gramado, trocado de acordo com o cronograma de manutenções preventivas. Junto ao Bahia, a Fonte optou pela substituição da grama de uma área de 2.070 m² no norte, realizando os processos de vistoria inicial, rebaixamento com corte vertical para ajustar o solo, preparo do terreno, plantio em áreas definidas, acabamentos, semeadura de inverno e aplicação de areia.

“Temos um trabalho contínuo de inovação, sempre com o objetivo de proporcionar momentos e experiências cada vez melhores ao público, com conforto, segurança e qualidade em todos os aspectos”, garante Alexandre Gonzaga, presidente da Arena Fonte Nova.

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Tags:

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