INVESTIGAÇÃO
Bruno Henrique pode virar réu por fraude em jogo do Flamengo
Ministério Público estuda denunciar o atacante por forçar cartão para beneficiar apostadores
Por Redação

Investigado pela Polícia Federal, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pode se tornar réu nas próximas semanas por suposta manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro de 2023. O Ministério Público do Distrito Federal avalia apresentar denúncia formal até o final de abril ou início de maio, baseada no relatório da PF entregue recentemente à Justiça.
Segundo o documento de 84 páginas, o jogador foi indiciado por fraudar o resultado de uma competição esportiva – artigo 200 da Lei Geral do Esporte – e por estelionato. A pena prevista pode chegar a seis anos de prisão. A investigação aponta que Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo no duelo contra o Santos, disputado em Brasília, pela 31ª rodada da Série A de 2023.
O episódio chamou atenção após casas de apostas identificarem um volume incomum de dinheiro apostado para que o atacante fosse advertido com cartão amarelo. A partir disso, a Polícia Federal iniciou o inquérito em agosto do ano passado. A partida, que terminou com derrota do Flamengo por 2 a 1, teve o atacante punido nos acréscimos por falta em Soteldo. Na sequência, ele acabou expulso por reclamação.
As investigações revelaram conversas de Bruno Henrique com seu irmão, Wander, em aplicativos de mensagens, indicando planejamento prévio da infração. A Polícia Federal afirma que o irmão do atleta solicitava ser avisado com antecedência para realizar apostas com familiares e amigos.
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Além de Bruno Henrique e Wander, outras oito pessoas foram indiciadas: a esposa de Wander, Ludmylla Araújo Lima; uma prima do jogador, Poliana Ester Nunes Cardoso; e seis amigos do irmão do atacante – Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. Todos são acusados de ter conhecimento prévio da manipulação e de participar das apostas.
O Flamengo informou, por meio de nota, que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades e reforçou que apoia o princípio da presunção da inocência. Bruno Henrique, por sua vez, ainda não se manifestou publicamente após o indiciamento, mas nega envolvimento no esquema de apostas.
Mesmo com a investigação em curso, o atacante foi relacionado normalmente para a partida contra o Juventude, nesta quarta-feira (16), no Maracanã, pela 4ª rodada do Brasileirão. A Polícia Federal também pediu à Justiça autorização para compartilhar o inquérito com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que poderá reabrir o caso no âmbito esportivo.
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