FUTURO DA SELEÇÃO
Futuro do hexa? O balanço de 2025 para Endrick, João Pedro e Estêvão
O raio-x das promessas da Seleção: como o desempenho de 2025 moldou o caminho de nossos craques rumo ao Mundial

Por Valdomiro Neto

O ano de 2025 está se encerrando e, com ele, o torcedor conta nos dedos os dias para 2026. O próximo ano promete muitas emoções para os fãs de futebol em todo o mundo, especialmente no Brasil: teremos o Campeonato Brasileiro começando mais cedo junto aos estaduais e, claro, a Copa do Mundo, um verdadeiro banquete para quem ama o esporte.
Faltando pouco menos de seis meses para o Mundial, os olhos da comissão técnica e da torcida estão focados nas jovens promessas que podem trazer o hexa para casa. Para três nomes: Endrick, João Pedro e Estevão, o ano de 2025 foi especial. Entre consolidações, explosões e oscilações, analisamos como cada peça chega para o ano que pode ser o maior de suas carreiras.

Endrick: A busca por minutos na França
Para o jovem Endrick, que chegou ao Real Madrid após ser o grande destaque do Palmeiras, o início foi de respeito ao processo hierárquico, comandado inicialmente por Carlo Ancelotti. Na temporada 24/25, o jovem disputou 37 jogos e marcou 7 gols.
No contexto nacional, esses números poderiam parecer comuns para um fenômeno, mas para um garoto de 18 anos vestindo a camisa do maior time do mundo, dentro do elenco mais valioso do planeta, é algo especial.

Contudo, essa ascensão ritmada sofreu um impacto com a saída de Ancelotti para assumir a Seleção Brasileira, em um projeto urgente de retomada de identidade. Para o seu lugar, o Real contratou Xabi Alonso, ídolo do clube e vindo de um trabalho histórico no Bayer Leverkusen.
Com o técnico espanhol, Endrick perdeu espaço e viu outros jovens assumirem a frente. O número de participações despencou de 37 para apenas 7 jogos, culminando em um clima desconfortável. Assim, em dezembro, ele foi transferido para o Lyon. O clube francês adotou o atacante com o objetivo de dar a ele a minutagem necessária para estar à disposição de Ancelotti na Copa de 2026.
João Pedro: A afirmação no topo
João Pedro vai contra o perfil das outras duas promessas: é o mais velho do trio, 24 anos, e possui mais tempo de Europa. Após se destacar no Fluminense, ele partiu para o Watford na temporada 19/20. Após quatro temporadas no Watford e duas no Brighton, ele chegou ao Chelsea, o clube de maior expressão de sua carreira, onde acumula bons números.

Um fato curioso e marcante foi que seus dois primeiros gols em uma partida com a camisa do Chelsea foram marcados justamente contra o Fluminense, seu time formador, no Mundial de Clubes. Na ocasião, o Chelsea ganhou por 2 a 0 e avançou para a final.
Até o momento, na temporada 25/26, João Pedro soma 22 jogos pelo Chelsea, com 6 gols e 4 assistências. O atacante tem ganhado espaço com o técnico Enzo Maresca e é visto por muitos como uma das grandes esperanças para o ataque da Seleção em 2026.
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Estevão: O fenômeno londrino
Dentro desta análise, Estêvão foi o jogador com a ascensão mais meteórica e melhor adaptação ao futebol europeu. Tratado como um diamante pela torcida dos Blues, ele faz dupla de ataque com João Pedro.

Ainda no Brasil, com apenas 16 anos, ele teve números impressionantes pelo Palmeiras: 50 jogos e 31 participações em gols em 2024; e 37 jogos com 17 participações em 2025, antes de partir para a Inglaterra. Sua despedida do Palmeiras ocorreu no Mundial de Clubes, curiosamente contra o Chelsea.
Estevão marcou o que muitos chamaram de "gol do futuro" (marcar contra o time já acertado para a próxima temporada), mas o Palmeiras caiu por 2 a 1 para os ingleses, que seriam os campeões.
Os primeiros passos de Estêvão em solo europeu refletem essa rápida adaptação ao estilo de jogo da Premier League. Até o momento, a jovem estrela soma 21 jogos disputados, com 6 participações diretas em gol, sendo 5 gols marcados e 1 assistência.
Esses números, aliados à sua capacidade de drible e agressividade ofensiva, justificam a confiança do técnico e o entusiasmo da torcida, que enxerga no brasileiro não apenas um reforço, mas o futuro do clube londrino.
Caindo nas graças da torcida com direito a música no Stamford Bridge, Estevão teve uma partida cinematográfica no clássico contra o Liverpool. Pedido pela torcida, ele entrou e marcou o gol da vitória por 2 a 1 no último minuto. Hoje, ele é xodó do time e um dos melhores jogadores da temporada inglesa, chegando à Seleção com status de estrela para o próximo Mundial.
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