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ANÁLISE ESTATÍSTICA

Muito volume, pouca precisão: O que o Bahia errou contra o Cruzeiro

O Esquadrão perdeu em casa no Brasileirão pela primeira vez na temporada por 2 a 1

Marina Branco

Por Marina Branco

17/09/2025 - 13:54 h
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão -

A Fonte Nova já não é mais sinônimo de invencibilidade para o Bahia no Brasileirão. Na noite da última segunda-feira, 15, o Tricolor perdeu para o Cruzeiro por 2 a 1, de virada, em partida válida pela 23ª rodada da Série A. O resultado representou a primeira derrota do time em casa no campeonato e expôs um contraste claro: enquanto o Bahia controlou a bola e o território, a Raposa foi mais eficiente nas duas áreas, garantindo três pontos preciosos na tabela que luta para encabeçar.

Em campo, não houve abismo. Durante grande parte do jogo, o Bahia foi dono da bola, registrando 62% de posse e trocando 487 passes contra 294 do Cruzeiro, com uma taxa de acerto de 88%. A circulação foi equilibrada, com 27% pela esquerda, 36% pelo centro e 37% pela direita, sem focar em apenas um setor.

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Esse volume resultou em 132 passes certos no terço final (80% de aproveitamento) contra 60 (68%) do Cruzeiro. Ou seja - o Bahia conseguiu avançar, rodar a bola próximo à área rival e até ter mais toques dentro da área (28 contra 16). Até aí, tudo perfeito para o time de Rogério Ceni. O problema, no entanto, aparecia no passo seguinte: transformar posse em finalizações de qualidade.

Quantidade não é qualidade

No geral, o Bahia finalizou mais. Foram 13 do Esquadrão contra apenas dez da Raposa, acertando também mais no alvo (cinco a três) e tendo mais escanteios (seis a cinco). Mas os números de gols esperados (xG) revelam a diferença: 0,61 para o Bahia contra 0,84 do Cruzeiro.

Mas por que isso acontece? O motivo está no perfil dos lançamentos de cada um. Enquanto o Tricolor arriscou nove das 13 vezes de fora da área, com só quatro finalizações vindo de dentro da zona mais perigosa, o Cruzeiro foi objetivo, chutando sete vezes de dentro da área, criando duas grandes chances e convertendo uma delas.

Para piorar, o Bahia desperdiçou a única grande chance clara que criou, enquanto o Cruzeiro foi eficiente e aproveitou tudo que teve. O lance mais próximo do empate, no fim, veio com Michel Araújo, que cabeceou para fora aos 88 minutos.

Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão | Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Força nos duelos

Se o problema estava no final da jogada, o início delas ia se construindo bem. Nos confrontos físicos e técnicos, o Bahia mostrou força, e venceu 55% dos duelos totais, incluindo 64% dos aéreos e impressionantes 71% nos dribles. Essa superioridade ajudou o time a avançar em campo, mas, novamente, não se converteu em perigo real.

O Cruzeiro, por sua vez, compensou no trabalho defensivo coletivo. Foram 22 desarmes contra 18 do Bahia, com uma taxa de sucesso bem mais alta (68% contra 50%). Sendo assim, quando a Raposa decidiu pressionar, recuperou a bola com mais eficiência que o Esquadrão.

O Bahia também desperdiçou uma arma que poderia ter sido valiosa - a bola parada. O Tricolor Baiano sofreu cinco faltas no terço final contra apenas uma do Cruzeiro, além de ter mais escanteios. Mas a execução não foi suficiente. Nos 33 cruzamentos tentados, apenas 27% foram certos.

Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão | Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Erros fatais

Na defesa, o Bahia foi bem - interceptou mais passes (dez a cinco) e recuperou mais bolas (52 a 47). No entanto, cometeu um erro que levou a uma finalização, detalhe custoso em jogos equilibrados como o da última segunda.

A diferença maior entre as duas equipes esteve nos goleiros. Enquanto Cássio fez quatro defesas e apresentou saldo positivo de +0,10 gols evitados, Ronaldo registrou apenas uma defesa e desempenho levemente negativo (-0,16). Essa discrepância ajuda a explicar por que, mesmo com mais chutes no alvo, o Bahia não conseguiu sair com melhor resultado.

Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão | Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Então, o que aconteceu?

Não é possível dizer que o Bahia jogou mal. O Esquadrão teve mais posse (62%), mais passes (487), mais finalizações (13), mais duelos vencidos (55%) e mais toques na área (28) - mas faltou transformar volume em chances claras.

O Tricolor chutou muito de fora da área, dependendo de lances de baixa probabilidade. Já o Cruzeiro, mesmo com menos posse (38%) e menos passes (294), foi direto, criou duas grandes chances, finalizou mais de dentro da área e contou com a boa atuação de Cássio para segurar o resultado.

A derrota na Fonte Nova mostrou que o Bahia tem controle e intensidade, mas precisa converter esse domínio em profundidade e efetividade ofensiva. Do outro lado, aparece uma Raposa que sabe escolher suas batalhas: defendeu com firmeza, foi eficiente nas chegadas e capitalizou as oportunidades que teve para sair com os tão almejados três pontos a mais.

Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão
Bahia e Cruzeiro se enfrentaram pela 23ª rodada do Brasileirão | Foto: Letícia Martins/EC Bahia

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