ESPORTES
Paralimpíadas: Brasil segue forte no quadro de medalhas
Brasil tem nova grande atuação em diferentes esportes e continua luta pelo top-5
Por Patrick Levi
É simplesmente impossível afirmar que o esquadrão brasileiro não está fazendo uma grande Paralimpíadas em Paris. Os números são o que dão força a essa afirmação: 38 medalhas conquistadas, sendo 12 delas de ouro.
E ontem foi um dia daqueles cujo os atletas do Brasil estavam inspirados: quatro vezes o País esteve representado no lugar mais alto do pódio, o que o faz agora figurar na quarta posição desta edição dos Jogos Paralímpicos.
Caso o desempenho de alto nível se mantenha, é bom os Estados Unidos, terceiro no ranking, abrirem os olhos, já que estão só com um ouro de vantagem em relação ao Brasil e podem a qualquer momento saírem do Top-3 da competição. China (43 ouros) e Grã-Bretanha (29) estão hoje na primeira e segunda colocação, respectivamente.
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O recorde do Brasil em uma única edição de Paralimpíada foi de 72 medalhas, tanto no Rio de Janeiro, em 2016, quanto em Tóquio, em 2020. No entanto, na capital japonesa, os brasileiros conseguiram melhor marca porque conquistaram mais ouros (ao todo foram 22 medalhas), somando-se a 20 de prata e 30 de bronze. Pelo andar da carruagem, o país pode alcançar um novo feito histórico na França.
No topo
A primeira medalha dourada do Brasil ontem veio com Claudiney Batista, natural de Bocaiúva, em Minas Gerais. Experiente em Jogos Paralímpicos, o atleta de 45 anos conseguiu chegar ao tricampeonato em grande estilo: com quebra de recorde paralímpico no arremesso de disco (que já era dele próprio) F56 — categoria em que os participantes competem em cadeira. A distância alcançada pelo objeito foi de 46,86m. Completaram o pódio Yogesh Kathunia (42,22m), da Índia, e o grego Konstantinos Tzounis, com 41,32m, em terceiro.
Na categoria feminina, o Brasil foi feliz logo em seguida e também com quebra de recorde, com Beth Gomes fincando de vez o seu nome entre as maiores esportistas do atletismo paralímpico. Ela jogou seu disco a uma distância de 17,37 metros e superou suas adversárias na classe F53 — pessoas com baixo grau de movimento nas mãos. Vale salientar que, pouco antes, a atleta já havia ficado com a prata no arremesso de peso.
A natação é o outro esporte que os brasileiros dominaram ontem. Pela terceira vez nesta edição da Paralimpíada, Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, ficou com o ouro paralímpico. O mineiro, de 22 anos, brilhou na prova dos 200 metros livres classe S2 (para pessoas com limitações físico-motoras). O tempo de prova do competidor foi de 3min58s92, o suficiente para estabelecer um novo recorde das Américas.
Em entrevista concedida após o triunfo, o competidor se mostrou realizado, mas tratou de lembrar que sem o seu treinador não teria conseguido ser tão dominante nas piscinas de Paris até então: “Agora são três de três, missão cumprida! Foi uma prova sensacional, total estratégia, essa pode colocar na conta do ‘coach’, eu ter conseguido fazer esse tempo, minha melhor marca e recorde das Américas foi mérito total dele”, declarou.
E para fechar com chave de ouro (quase literalmente), a pernambucana Carol Santiago se tornou ontem a atleta feminina com mais medalhas douradas na história do Brasil (cinco ao total).
A brasileira de 39 anos conseguiu seu segundo ouro em Paris, desta vez na prova dos 50 metros livre S13, que é para quem tem algum grau de deficiência visual. Ela já tinha conseguido ficar na primeira colocação também nos 100m. No fim, Carol falou com a imprensa sobre a quebra de recorde paralímpico:
“Isso significa muito para mim. Significa que a gente, com toda a dedicação que a gente teve, conseguiu chegar a um grande nível. E isso é grandioso demais, eu acho que isso vai ficar, vai ficar toda essa força, toda essa dedicação que a gente tem, esse sonho realizado, para que os novos atletas que estão chegando, para que as crianças possam ver nisso um caminho. Eu estou todo dia ali, treinando no Comitê Paralímpico Brasileiro, todo dia ali”, disse a maior campeã paralímpica do Brasil.
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