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RESPONSABILIDADE

Técnico interino do Vitória promete reação com uso de jovens da base

O técnico interino deu sua primeira coletiva e traçou os caminhos para a recuperação do 8 a 0

Por Marina Branco e João Grassi

27/08/2025 - 14:29 h | Atualizada em 27/08/2025 - 15:01
Rodrigo Chagas, técnico interino do Vitória
Rodrigo Chagas, técnico interino do Vitória -

"Saio de casa todos os dias com o material do clube para vir trabalhar. Nesse dia (do 8 a 0) eu vim com outra camisa, porque até eu tava sentindo vergonha".

A frase acima é de Rodrigo Chagas, ex-treinador do sub-20 rubro-negro que assume o time principal como técnico interino após a demissão de Fábio Carille com o 8 a 0 para o Flamengo na última segunda-feira, 25, resume o desafio que ele enfrenta assumindo o Vitória em meio à crise.

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Nesta quarta-feira, 27, o novo professor do Leão da Barra fez sua primeira coletiva de imprensa à frente do time, apresentado pelo diretor Gustavo Vieira.

"Infelizmente, a gente se depara com certos acontecimentos que nos colocam em uma situação delicada e que exige de nós muita responsabilidade. Responsabilidade perante a instituição, perante o torcedor e perante o curso num clube relevante como o Vitória", afirmou o diretor.

"Em momentos como esse, é importante poder contar com profissionais como o Rodrigo, que já integrava a equipe técnica do clube, que carrega o sangue rubro-negro. Ele surgiu no vitória como atleta, e sempre demonstrou aos olhos dos torcedores certamente, merecer toda a nossa confiança. E não é diferente agora", completou.

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Encarando o desafio

Com a palavra, o técnico interino começou falando dos desafios que viveu e vive no Vitória, disposto a enfrentar a fase difícil com o clube.

"Não tenho dúvida que esse é o meu maior desafio, pela segunda vez aqui no clube. Me sinto desafiado sempre e acho que a gente está aqui para estar sempre evoluindo. Essa é minha sexta passagem pelo clube, três como atleta e a terceira hoje como treinador", conta.

"Não gostaria de estar à frente desse momento porque eu queria o Vitória, na realidade, brigando por Libertadores e Sul-Americana. Mas nós profissionais da área temos que estar preparados. Vou trabalhar mais do que eu trabalhava antes, até porque eu acho que o desejo de todos é fazer com que o Vitória retorne com grandes jogos, um grande resultado, uma vitória nesse primeiro momento", prevê.

Carta branca de Fábio Mota

Para isso, ele tem liberdade - segundo Rodrigo, o presidente Fábio Mota garantiu carta branca para trabalhar livremente no clube.

"O presidente me deu total liberdade, total carta branca para trabalhar, para que eu possa, dentro das minhas ideias, das minhas convicções, fazer o meu melhor e em nenhum momento houve nenhum tipo de objeção. Eu acho que isso é importante, ter a confiança de pessoas que estão à frente do clube e, para dizer a verdade, desde quando eu saí lá atrás, nunca foi o meu desejo sair do clube. Sempre foi o meu desejo permanecer e estar no clube e o Fábio sempre conversou comigo", revela.

"Há muito tempo atrás ele vinha tentando me repatriar, vamos dizer assim, para o clube e tive um grande desafio agora, esse ano ainda, pelo Porto Vitória, onde eu estava à frente do clube que estava para cair, na última rodada, classificamos e chegamos à final. Psicologicamente, o time estava muito abalado. Eu espero que eu possa fazer um trabalho melhor do que eu fiz com esses atletas lá", conta.

Um dos maiores desafios a enfrentar, muito provavelmente, é justamente a dor psicológica que fica nos atletas que precisaram sair de campo carregando um 8 a 0. Para isso, Chagas tem uma linha já traçada a percorrer.

Rodrigo Chagas, técnico interino do Vitória, e Gustavo Vieira, diretor do clube
Rodrigo Chagas, técnico interino do Vitória, e Gustavo Vieira, diretor do clube | Foto: João Grassi I Ag. A TARDE

"Espero que eu possa fazer aqui no Vitória um grande trabalho de recuperação psicológica no primeiro momento, para eles acreditarem no potencial e naquilo que eles podem fazer. Preciso do apoio geral da nossa torcida. Sei que tem um carinho muito grande por mim, aonde eu chego, sou muito bem recebido por todos os torcedores e espero que eu possa ter todo o apoio necessário no domingo, para que eu possa poder me dar e dar a eles, todos vocês, esse grande presente que seria uma vitória", afirma.

"Nós temos que trabalhar o psicológico dos atletas, recuperar eles, eles entenderem que não dá tempo pra gente ficar se lastimando, a chave tem que ser virada automaticamente. Temos um grupo que a gente tem que recuperar o quanto antes, pra que no domingo a gente possa colocar a melhor equipe", completa.

Preparação para encarar o Galo

O trabalho em prol dessa meta já começou, com o treinador garantindo que já está preparando o time para o confronto contra o Atlético-MG. "Fiquei o dia todo aqui, já estudando o adversário, entendendo individualmente cada jogador adversário e nosso, até eu não acompanho o dia a dia de treino do profissional, mas sempre que eu tinha oportunidade eu estava aqui observando os atletas", diz.

O Vitória de Rodrigo, então, promete ser um time vibrante, que "diminui o espaço, não deixa o adversário jogar e é pé na bola o tempo todo". "Nós temos que dar resposta não só com talento, não só jogando, mas sim também com intensidade, com vontade, com dinâmica", opina o técnico.

"A solução que tem que dar são os jogadores. Eles que podem chamar a responsabilidade. Eu posso identificar e colocar aquele jogador que possa entrar da melhor maneira possível com responsabilidade, confiando no potencial", completa.

"Novos" jogadores

A inovação, por outro lado, já está sendo planejada. Vindo do sub-20 e sendo grande conhecedor do potencial da base do Vitória, o técnico afirmou que começará a usar a base já no domingo, não vendo nem mesmo a necessidade de improvisar um lateral quando se tem Paulo Roberto, do time sub-20, disponível.

Além dos da base, volta Camutanga, que estava emprestado ao Remo desde abril e foi grande nome no acesso do Vitória à Série A no final de 2023. Além dele, Dudu tem um retorno especulado, também para reforçar o clube nesse momento de dificuldade.

"Todo atleta do clube, e principalmente quem tem história pelo clube, é importante. São dois atletas que tem história pelo clube, são vencedores. E se vierem a se juntar ao elenco, com certeza vão contribuir muito para o nosso trabalho", opina Rodrigo.

A expectativa final, então, é que com as mudanças psicológicas e técnicas que Rodrigo promete trazer, o Vitória possa escrever uma história diferente no domingo, 31, contra o Atlético-MG. Pela 22ª rodada do Brasileirão, o Rubro-Negro ganha mais uma chance de fugir do rebaixamento, sonhando em não lembrar a vergonha do 8 a 0 como o prenúncio da queda para a Série B.

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