RELATO
Testemunhas contradizem polícia sobre acidente de Diogo Jota
Caminhoneiros que presenciaram o acidente com Diogo Jota afirmam que o jogador não estava em alta velocidade
Por Redação

Duas testemunhas presenciais do acidente que matou o jogador Diogo Jota, do Liverpool, e seu irmão, André Silva, apresentaram uma versão diferente da divulgada no relatório da Guarda Civil da Espanha. Segundo os caminhoneiros, que trafegavam na mesma rodovia no momento do ocorrido, o carro dos irmãos portugueses não estava em alta velocidade, como apontam as autoridades locais.
A tragédia aconteceu na última quinta-feira, 3, por volta de 00h30 (horário local), no quilômetro 65 da rodovia A-52, nas proximidades da cidade de Cernadilla, a cerca de 335 km de Madri. De acordo com o relatório preliminar da polícia espanhola, a suspeita é de que o veículo dirigido por Diogo tenha tentado uma ultrapassagem em velocidade acima do permitido, quando um pneu estourou, fazendo com que ele perdesse o controle do carro, que saiu da pista e explodiu. Os dois irmãos morreram carbonizados.
No entanto, José Azevedo, caminhoneiro que afirma ter presenciado o acidente, garantiu ao jornal português Correio da Manhã que o comportamento de Diogo ao volante não indicava qualquer imprudência.
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"Eu filmei, parei, tentei ajudar, mas infelizmente não pude fazer nada. Estou com a consciência tranquila. A família tem a minha palavra de que eles não estavam em alta velocidade. Eu pude ver a marca e a cor do carro quando eles passaram por mim. Eles estavam dirigindo com muita calma. Eu dirijo naquela estrada todos os dias, de segunda a sábado. Eu sei que estrada é e já vi coisas realmente ultrajantes de outros carros, mas eles estavam dirigindo com muita calma. Está escuro e, apesar disso, eu conseguia ver perfeitamente a marca e a cor do veículo. Mais tarde, infelizmente, acabou em colisão", relatou Azevedo ao Correio da Manhã.
O jornal também destacou que um segundo caminhoneiro, amigo de Azevedo, confirmou a versão de que os irmãos não estavam em velocidade excessiva no momento do acidente.
Apesar dos relatos das testemunhas, a Guarda Civil da Espanha sustenta que as evidências apontam para “possível velocidade excessiva, acima do limite de velocidade da estrada” durante a tentativa de ultrapassagem, o que pode ter contribuído para o acidente fatal.
Diogo Jota, de 28 anos, era atacante do Liverpool e da seleção portuguesa. André Silva, seu irmão mais novo, tinha 25 anos. A morte precoce dos dois jovens atletas gerou comoção no futebol europeu, principalmente entre os companheiros de clube e torcedores do Liverpool.
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