MUDANÇAS?
Textor abre caminho para grego virar o novo dono do Botafogo
O Alvinegro passaria para uma nova rede de clubes, dividida com o Nottingham Forest, da Inglaterra
Por Marina Branco

O Botafogo vem vivendo grandes mudanças na estruturação do clube nos últimos anos, e o processo não dá indícios de parada tão cedo. O mais novo capítulo da história chega com a possibilidade de incluir o Botafogo na rede de clubes do Nottingham Forest, sob controle de um bilionário grego que poderia se tornar o novo dono do Alvinegro.
A ideia não é tirar John Textor, atual dono da SAF botafoguense, da jogada - muito pelo contrário. Textor é amigo de Evangelos Marinakis, potencial dono do clube, que traria apoio financeiro recomprando ações do Botafogo, mas sem tirar o americano do clube.
Leia Também:
A rede que guardaria o futuro do Botafogo inclui, além do Nottingham Forest, da Inglaterra, o Olympiacos da Grécia e o Rio Ave de Portugal. Juntos, os quatro clubes formariam a nova rede que separaria Fogão e Eagle, com novos planos sendo desenhados em caso de separação. Além deles, estaria envolvido ainda o RWDM Brussels, ex-Molenbeek, clube que pertence à Eagle e tem o interesse de Textor no novo plano.
Para Textor, a meta é clara - abrir uma empresa nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal caribenho. De lá, ele controlaria o clube como principal acionista, tendo Marinakis como sócio.
A troca seria justificada, entre outras razões, pelo litígio de Textor com outros acionistas da Eagle, com dívidas ainda correntes, a exemplo da que deve à Ares Management pelo empréstimo para comprar o Lyon. Cada vez mais desgastadas, essas relações já chegaram a incluir advogados, buscando definir o valor da SAF e dos ativos do Fogão.
A Ares já chegou a mandar advogados para a sede do Botafogo para fazer uma curadoria de relatórios financeiros, sem nenhuma descoberta. A relação deve se resolver com uma recompra das ações por parte de Textor, que já está em negociação, buscando resolver a dívida de cerca de 2,8 bilhões de reais que o americano tem com a Ares.
Sabendo que Textor não pode pagar o valor cheio, o mais provável é que a Ares tente removê-lo do comando dos clubes - daí a vontade de tirar o Botafogo da Eagle e passar para uma nova rede. Assim, o grego seria uma solução prática, já que além do ativo financeiro, tem interesse declarado no futebol brasileiro, já tendo negociado com o Vasco e com o São Paulo.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes