FINANCEIRO
Vitória antecipa receitas por 50 anos e ignora SAF, dizem opositores
Fábio Mota foi acusado de cometer “a maior irresponsabilidade administrativa da história”

Por Marina Branco e João Grassi

O Vitória vem atravessando um momento complicado na temporada. Além da luta para permanecer na Série A, o clube precisa lidar com questionamentos da opositores sobre sua gestão financeira e esportiva, que criticam administração, falta de planejamento e resistência à modernização.
O principal alvo das críticas é a antecipação de 15% dos direitos comerciais do clube por um período de 50 anos, decisão classificada por opositores como "a maior irresponsabilidade administrativa da história do Vitória".
"O clube deve tanto que já começa a antecipar, já começa a fazer loucuras administrativas. Fez essa antecipação de recursos para pagar custeio, pagar salário, corrigir erros de planejamento e contratações mal feitas", aponta Marcone Amaral, pré-candidato à presidência do Vitória.
A medida, segundo os críticos, não tem respaldo técnico e compromete receitas futuras, possivelmente levando o Vitória a chegar em 2026 com sérios riscos esportivos e financeiros.
"Se cair para a Série B, será uma catástrofe. É preciso reformular, cortar custos e colocar o futebol nas mãos de quem entende do assunto", reforçou o candidato.
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Mas e a SAF?
Outro ponto de atrito é a paralisação do projeto de Sociedade Anônima do Futebol, estratégia que vem sendo utilizada por diversos clubes para solucionar problemas de gestão financeira.
Quando à possibilidade de implementar uma SAF no Vitória, integrantes dos movimentos que compõem a chapa Aliança Vitória SAF afirmam que a diretoria não demonstra interesse em atrair investidores nem em avançar com o processo.
"A duras penas fomos ouvidos, mas pouca coisa foi colocada de forma concreta. Pedidos feitos há seis meses só foram atendidos agora, por causa da movimentação eleitoral. É nítido que o Vitória não prioriza a SAF", disse Marcone.
De acordo com relatos, o presidente e os principais dirigentes sequer participaram das reuniões do grupo de trabalho criado para tratar do assunto "O Vitória não está se levantando da cadeira para buscar as oportunidades que existem. O comportamento frio, sem alma e com foco eleitoral tem afastado investidores e atrasado o futuro do clube", completou.
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